O mercado de carne bovina foi marcado por valorizações em São Paulo, ajudado pela retomada das vendas durante o feriado e o fim do período da Quaresma.

Na semana, no setor atacadista, tanto para as carnes com osso e desossadas, as vendas retomaram o ritmo lentamente, sendo consideradas razoáveis. A menor oferta de boiada pronta para abate contribuiu para a redução dos estoques que, associada ao repasse da valorização da arroba do boi gordo, resultou em alta nos preços da carne.

Para o mercado de carne com osso, o preço da carcaça casada de boi capão subiu 1,1%, cotada em R$22,00/kg. Já a do boi inteiro subiu 0,7%, comercializada em R$20,75/kg. Para a carcaça casada das fêmeas, a da vaca subiu 1,3%, cotada a R$20,00/kg. No entanto, o preço da novilha apresentou retração de 2,1%, sendo comercializada em R$21,30/kg.

No mercado de carne desossada, a média geral da cotação subiu 1,3%, com alta para todos os cortes, com exceção da alcatra completa, cupim e filé mignon com cordão, que não apresentaram alteração.

Para os cortes do traseiro, a alta foi de 1,4%, com destaque para o músculo (4,9%). Para os cortes do dianteiro, o avanço foi de 1,1%, com o maior aumento para a paleta sem músculo (1,8%).

No varejo, em São Paulo, houve um avanço de 0,4%, impulsionado principalmente pela alta expressiva de 6,6% no cupim. No Paraná, os preços também subiram, com ajuste positivo de 0,2%, com destaque para os cortes de lagarto (2,5%) e coxão mole (2,1%).

Já em Minas Gerais, a média de preços apresentou leve recuo de 0,1%, reflexo da estabilidade de parte dos cortes e das quedas mais significativas da alcatra com maminha (-2,8%) e do contrafilé (-2,6%). No Rio de Janeiro, os preços caíram 2,0%, reflexo de quedas expressivas para o acém (-7,6%), filé mignon sem cordão (-7,3%) e lagarto (-6,0%).

No curto prazo, apesar do avanço da segunda quinzena do mês – período tradicionalmente de menor poder aquisitivo do consumidor -, com o fim da Quaresma e o feriado da Páscoa, a tendência no mercado de carne bovina é de estabilidade à alta.

Tabela. Preços médios dos cortes sem osso no mercado atacadista de São Paulo, em R$/kg.

E por falar em consumo, o USDA revisou, em abril, a demanda mundial de carne bovina, prevendo alta frente a revisão anterior, de outubro de 2024. Aliás, o crescimento da demanda deve ser maior que o crescimento da oferta. Clique aqui e confira os dados!

E você sabia que o boi gordo acumulou alta menor que o suíno e o frango até a parcial de abril de 2025? Isso porque o preço do boi gordo (Cepea) acumulou alta de 2,9% no acumulado até abril (17), quando comparado ao valor que encerrou 2024, enquanto o frango congelado (Cepea) e o suíno vivo (Cepea, SP) subiram, respectivamente, 4,8% e 7,0% no mesmo período. Clique aqui e saiba mais!

O Farmnews agora tem uma Comunidade! Mais privacidade e organização para interagir de modo seguro com nossos leitores! Clique aqui e faça parte!