Sustentabilidade

Embrapa faz 52 anos: saiba mais da história da embaixadora da Agricultura Tropical

O Farmnews Indica

No dia 26 de abril de 1973 nascia a Embrapa, hoje referência em Agricultura Tropical e que retorna mais de 20 vezes à sociedade, cada Real investido na Instituição.

Era o início da década de setenta, o Brasil, ainda um país de forte vocação rural, travava uma batalha contra a improdutividade, os campos eram vastos, mas estéreis diante das sementes importadas que não floresciam sob o sol tropical, a agricultura brasileira seguia de joelhos diante de um modelo que não era seu.

Foi então que, no dia 26 de abril de 1973, nascia a Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, com uma missão ousada, dar ciência própria ao campo brasileiro.

Mas como fazer isso, num país que ainda engatinhava na formação de pesquisadores agrícolas?

A resposta veio com uma estratégia visionária, enviar cérebros brasileiros para o mundo, centenas de jovens engenheiros agrônomos, biólogos e zootecnistas foram embarcados rumo aos melhores centros de pesquisa dos Estados Unidos, Europa e Japão. O Brasil estava plantando, fora de casa, as sementes do seu próprio futuro.

Nas universidades de Illinois, Purdue, Cornell, Wageningen e tantas outras, os pesquisadores brasileiros aprendiam sobre genética, solos, biotecnologia e manejo. Mas, mais do que isso, aprendiam a pensar sistemicamente, e retornavam ao país carregando não apenas diplomas, mas ferramentas para reconstruir a agricultura com DNA tropical.

Os Líderes da Inovação no Campo Tropical

Nenhuma transformação de grande escala nasce sem líderes visionários. Por trás da construção da Embrapa e da revolução que ela promoveu no campo brasileiro, grandes brasileiros entenderam que ciência e estratégia caminham lado a lado. Foram eles os responsáveis por tirar o Brasil da condição de importador de tecnologia agrícola e conduzi-lo à posição de protagonista global na produção sustentável. Entre esses nomes, destacam-se figuras fundamentais que semearam, com coragem e conhecimento, as bases de um novo agro tropical, pensado para o Brasil e para o mundo.

Alysson Paolinelli, então ministro da Agricultura, um dos maiores articuladores da ideia, sabia que para conquistar soberania tecnológica, era preciso formar uma geração de cientistas com bagagem internacional e propósito nacional.

Eliseu Alves, o grande visionário dessa ideia, estruturava internamente o que viria a se tornar um dos maiores sistemas de pesquisa agropecuária do planeta. Ele não queria apenas importar conhecimento, e sim a ideia era topicalizá-lo, adaptá-lo e resignificá-lo, onde acima de tudo, o objetivo seria aplicá-lo ao Brasil profundo, das caatingas aos cerrados, das várzeas ao pantanal, pautado em ciência, tecnologia e sustentabilidade.

José Irineu Cabral, primeiro presidente da Embrapa, desempenhou papel essencial no desenvolvimento do modelo institucional e na consolidação das bases que garantiriam o sucesso futuro da empresa.

Agrointeligência em Ação: Inovação a Favor da Sustentabilidade

A trajetória da Embrapa se entrelaça com os maiores marcos da agricultura brasileira:

  • Domesticação e melhoramento da soja tropical, hoje um dos principais produtos de exportação do país;
  • Desenvolvimento de cultivares adaptadas ao Cerrado, um bioma antes considerado improdutivo. Graças ao uso do calcário, adubação correta e genética vegetal, o Cerrado se tornou o coração agrícola do Brasil;
  • Introdução de sistemas integrados de produção, como lavoura-pecuária-floresta (ILPF), fundamentais para a sustentabilidade produtiva;
  • Criação de tecnologias de fixação biológica de nitrogênio, que substituem fertilizantes nitrogenados e reduzem o impacto ambiental da agricultura;
  • Pioneirismo na agricultura digital, com a criação de plataformas como o Zarc (Zoneamento Agrícola de Risco Climático) e softwares de monitoramento de pragas e produtividade.

Hoje, o legado dessa decisão ousada ecoa em números, somos líderes em produção de agroprodutos, referência em sustentabilidade e uma das poucas nações capazes de oferecer tecnologia em agricultura tropical para o mundo.

O impacto da Embrapa ultrapassa fronteiras, a instituição lidera projetos de cooperação internacional com mais de 80 países, especialmente na África, Ásia e América Latina, através do programa Embrapa Tropical Agriculture, compartilha técnicas para adaptação de solos, produção de alimentos e combate à fome.

Com mais de 40 centros de pesquisa espalhados pelo país, a Embrapa atua em todas as frentes do conhecimento agropecuário: genética animal e vegetal, solos, recursos naturais, agroindústria, agricultura de precisão, nanotecnologia e, mais recentemente, bioeconomia e inteligência artificial aplicada ao campo. Disseminando conhecimento e tecnologias para melhorar a produtividade e sustentabilidade da agricultura brasileira, alcançando um número expressivo de produtores por meio de parcerias estratégicas e ferramentas digitais.

Além da produção científica, são mais de 15 mil tecnologias desenvolvidas, entre cultivares, defensivos biológicos, sistemas de manejo e softwares, a Embrapa também se destaca como instituição de credibilidade internacional, sendo parceira de organismos como a FAO, Banco Mundial, CGIAR, além de diversas universidades no exterior.

Disseminando conhecimento e tecnologias para melhorar a produtividade e sustentabilidade da agricultura brasileira, alcançando um número expressivo de produtores por meio de parcerias estratégicas e ferramentas digitais.

Para cada real investido na instituição, a empresa devolveu R$21,23 à sociedade.

Em 2023, o lucro social da Embrapa foi de R$ 85,12 bilhões, esta é a principal informação da última edição do Balanço Social da Empresa, publicada em 2024. Desse total, R$80,55 bilhões referem-se aos benefícios econômicos de uma amostra de 182 tecnologias avaliadas pela instituição. Consideram-se ainda R$3,4 bilhões relativos à estimativa dos impactos gerados por cultivares Embrapa e parceiros e cerca de R$1,1 bilhão calculado a partir dos indicadores sociais e laborais da empresa. Os estudos de avaliação multidimensional de impactos, revelaram também a geração de mais de 66 mil empregos. 

A instituição é o exemplo vivo de como ciência, política pública e visão de longo prazo podem transformar realidades. Mais do que uma empresa de pesquisa, é um símbolo de soberania tecnológica, segurança alimentar e protagonismo internacional do Brasil.

No seu aniversário de 52 anos, a ela se mantém fiel ao seu lema: “Alimentar o Brasil e o mundo com conhecimento e inovação”, consolidando-se como um dos maiores legados institucionais da história moderna do país. Começando com gestos de humildade e visão, reconhecendo que era preciso sair, aprender e voltar com sabedoria enraizada no coração do Brasil.

A Embrapa não apenas construiu uma nova agricultura, ela formou uma geração de heróis anônimos, que cruzaram oceanos com uma única missão: Fazer da terra brasileira uma potência viva!

Vida longa à nossa jovem senhora que é orgulho do Brasil!

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Bruna Forte

Atuo há 25 anos no mercado corporativo em projetos e consultorias que envolvem tecnologia, ESG, marketing e inovação, trilhei e consolidei uma trajetória em multinacionais de tecnologia atuando estrategicamente nos segmentos da indústria e produção, cadeias produtivas do agro e setor público. Sou especialista em estratégias sustentáveis e de inovação, com o foco na Nova Economia Verde Positiva, liderando projetos que integram a jornada da transformação ESG, nos processos das empresas, impulsionando a competitividade, comunicação assertiva, educação e promovendo a gestão contínua das melhores práticas nos ambientes de negócios. Tenho expertise na estruturação de novos negócios e transformação organizacional, desenvolvendo diagnósticos, diretrizes estratégicas, políticas corporativas e gestão humanizada de equipes, apoiando empresas na implementação de estratégias corporativas e métricas de impacto. Estabeleço articulações e parcerias público-privadas, com o fim de criar conexões que facilitem empresas desenvolver soluções socioambientais inovadoras de impacto na sociedade. Minha experiência no mercado corporativo e ESG pavimentou minha atuação em outras soluções de negócios, em especial no desenvolvimento de projetos de comunicação visual corporativa e industrial com foco no ecodesing, abordando a sustentabilidade para criar experiências de clientes e estratégias de branding para o mercado do Agro. Acredito que toda estrutura de comunicação assertiva e a educação transformadora, são ferramentas poderosas para gerar impacto positivo na sociedade e na criação de pontes entre o campo e a cidade.
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