Nosso parceiro, Scoton Consultoria pecuária destaca a importância e os caminhos para aumentar o resultado econômico da atividade de cria!
A atividade da cria na pecuária de corte traz como característica o faturamento menor em relação as atividades de recria e engorda. Veja bem, estou falando em faturamento e não em lucro. Assim, em qualquer empresa que o faturamento é baixo, a primeira análise é a redução de custos, visto que o faturamento é reduzido. Dentro desse cenário, a maioria dos pecuaristas de cria, direcionam todo o esforço econômico, nutricional e manejo na produção do bezerro e na eficiência reprodutiva da vaca.
Isso não está errado, mas, quando uma fazenda de cria entende que além de vender bezerros, precisa vender arrobas de vacas, o resultado da fazenda melhora muito. Veja a análise abaixo, em que traz o faturamento de uma fazenda de cria em 2 cenários diferentes, FAZENDA A com alta eficiência produtiva, com taxa de DESMAME de 80% e a FAZENDA B, com menor eficiência produtiva, taxa de desmame de 65%, baseado em lote de 100 vacas.
Tabela 1. Comparativo no FATURAMENTO de FAZENDA A (alta eficiência produtiva) x FAZENDA B (baixa eficiência produtiva).
*valores Scot Consultoria (www.scotconsultoria.br) em 16/08/2024
Explicando as 2 fazendas:
Fazenda A: alta eficiência reprodutiva (taxa de prenhez de 85%), assim como os protocolos sanitários ajustados (taxa de perda gestacional de 5% e mortalidade ao desmame de 2%). Com isso, resulta a TAXA DE DESMAME de 79%, resultado muito bom! Nesse cenário, a participação da venda de vacas vazias é de 38%. Veja que mesmo sendo eficiente na produção de bezerros, a venda das vacas descarte representa quase 40% do FATURAMENTO TOTAL. Em resumo, para ter um bom RESULTADO FINAL, o pecuarista da FAZENDA A, precisa ter o planejamento de engorda dessas vacas, caso contrário, todo o trabalho eficiente realizado na produção dos bezerros é brutalmente reduzido pela ineficiência de engorda das vacas descarte. Ganha nos bezerros, mas perde nas vacas.
Fazenda B: como a TAXA DE DESMAME é baixa (66%), a dependência da engorda das vacas descartes no FATURAMENTO é maior ainda (67%). Arrisco dizer que se torna mais uma fazenda de engorda de vaca do que produção de bezerros, visto que a produção de bezerros e bezerras somente gera caixa de 33 % do faturamento. Chamo a atenção nas bezerras (faturamento negativo? SIM!). Há a necessidade de compra de 10 bezerras, para manter o rebanho estável (por isso o faturamento negativo). A quantidade de bezerras nascidas, não é suficiente para REPOSIÇÃO das matrizes, pelo alto descarte por vacas que não EMPRENHARAM, que não PARIRAM e que não DESMAMARAM. Cada 100 vacas, vai ser descartada 34 vacas.
O resultado econômico da atividade de cria pode melhorar muito quando, além da eficiência reprodutiva, atenção é dada também à engorda das vacas!
Bom, o que levamos de recomendação?
1 – A fazenda de CRIA, é para a produção de bezerros + ENGORDA de vacas, taxa de desmame boa ou ruim.
2 – Planejamento para ENGORDA das vacas vazias. OPÇÕES: confinamento, TIP, semi-confinamento ou ILP.
3 – Qual fazer? Análise técnica, econômica e operacional da FAZENDA!
Esse assunto causa bastante espanto, muitos pecuaristas não se atentaram para isso, e estão deixando de ter maiores resultados nas suas fazendas.
A SCOTON PECUÁRIA tem ferramentas para ajudar no seu planejamento, entre em contato conosco (preenchendo o formulário – clique aqui), que entrarei em contato com você, para entender seu negócio, e tratar de maneira personalizada.
E por falar no retorno econômico da atividade de cria, o comportamento do preço corrigido do bezerro no longo prazo sinaliza esse momento de reversão de ciclo, para alta, com a gradativa recuperação dos valores da categoria de reposição. Clique aqui!
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