O preço da carne bovina no varejo caiu na parcial de junho, contrariando a tendência mais aquecida geralmente observada na primeira quinzena do mês.

Após uma semana de bom desempenho nas vendas, tanto no atacado quanto no varejo, o mercado iniciou esta semana em ritmo mais lento do que o esperado. Mesmo com a oferta reduzida de boi gordo – o que também impacta o volume de carne disponível – a demanda não sustentou o mesmo fôlego, sendo considerada apenas moderada e insuficiente para manter os preços firmes.

No entanto, no atacado de carne com osso, os preços ainda refletiram o bom movimento da semana anterior, o que resultou em aumento no preço das carcaças.

A carcaça casada de boi castrado teve alta de 1,2%, sendo negociada a R$21,40/kg, enquanto a do boi inteiro subiu 2,0%, atingindo R$20,15/kg. As carcaças de fêmeas seguiram a mesma tendência: a da vaca teve aumento de 1,3%, cotada a R$19,00/kg, e a da novilha subiu 1,5%, para R$19,80/kg.

Por outro lado, o mercado de carne sem osso permaneceu retraído, reflexo da menor reposição por parte do varejo. O preço médio geral apresentou queda de 1,1%.

Os cortes do traseiro recuaram 1,2%, com destaque para o coxão duro, que caiu 2,0%, seguido do contrafilé, com baixa de 1,9%. Já nos cortes do dianteiro, que haviam se mantido estáveis na semana anterior, houve recuo de 0,7%. O cupim foi a exceção, com ajuste positivo, enquanto os demais cortes caíram – a maior variação negativa foi a da paleta sem músculo, com queda de 1,4%.

No varejo, o cenário também foi de retração, contrariando a tendência mais aquecida geralmente observada na primeira quinzena do mês.

Em todos os estados monitorados pela Scot Consultoria, houve recuo nos preços da carne. Paraná e Rio de Janeiro registraram quedas no preço médio dos cortes, ambas de 0,5%, seguidos por São Paulo, com recuo de 0,3% pela segunda semana consecutiva, e Minas Gerais, com queda de 0,1%.

No Paraná, 13 dos 21 cortes acompanhados apresentaram redução nos preços, com destaque para o coxão mole, que teve queda de 5,1%. No Rio de Janeiro, a maior baixa foi da fraldinha, com recuo de 3,1%, onde 12 cortes no total tiveram ajuste negativo.

Em São Paulo, 13 cortes também caíram, sendo a maior variação negativa registrada pela alcatra completa, com queda de 2,2%. Já em Minas Gerais, embora a maior variação tenha sido a da fraldinha, que subiu 3,8%, dez cortes apresentaram queda no estado, pressionando para baixo a média.

No curto prazo, a expectativa é de que o mercado continue andando de lado, sem grandes oscilações no preço da carne bovina no varejo.

A Tabela apresenta os dados do preço dos cortes de carne bovina no atacado na parcial de junho.

E mudando de assunto, o Farmnews comparou a variação acumulada do preço do boi gordo, suíno vivo e do frango ao longo de 2025, até a primeira metade de junho. Clique aqui e saiba mais!

Como temos comentado, a exportação de carne bovina do Brasil, caso o embarque diário permaneça próximo do atual, deve renovar o recorde de venda para um mês de junho em 2025. Clique aqui e confira os dados!

E mudando de assunto, o preço do boi gordo no mercado físico foi o destaque de valorização na primeira quinzena de junho entre as commodities agrícolas acompanhadas pelo Farmnews (clique aqui), voltando a subir após um período de queda, comum ao período de safra. O Farmnews também atualizou os dados do preço do boi gordo, bezerro, milho e soja, valores médios nominais, nos meses de junho, entre 2018 e a primeira metade de 2025. Clique aqui e confira!

O Farmnews agora tem uma Comunidade! Mais recursos e organização para interagir de modo seguro com nossos leitores! Clique aqui e faça parte!