Vendas de carne bovina no atacado e varejo: cenário oposto na parcial de março

As vendas de carne bovina sem osso continuam travadas, pressionando os preços, enquanto o atacado apresenta um cenário oposto, com aumento nas vendas e, alta na cotação.
A primeira quinzena de março está terminando e, ao contrário das expectativas, o período não impulsionou as vendas de carne bovina desossada. O mercado apresentou um ritmo lento tanto no varejo quanto no atacado, sendo este último afetado pelo aumento no volume, mesmo já operando com estoques elevados.
No varejo, em São Paulo, alguns cortes nobres, como a picanha (1,5%) e a picanha maturada (1,3%), registraram alta nos preços, enquanto a alcatra completa e o miolo de alcatra permaneceram estáveis. No entanto, a maioria dos cortes apresentou queda, com destaque para a fraldinha (-5,2%), o cupim (-4,9%) e o filé mignon sem cordão (-3,4%), com um recuo de 0,7% no preço médio geral.
No Paraná, a retração foi de 0,3%, sendo o filé mignon com cordão o corte com maior queda (-5,9%). Já em Minas Gerais, os preços permaneceram praticamente estáveis, sem variações expressivas.
O Rio de Janeiro seguiu na contramão e registrou um leve ajuste positivo de 0,1%, com o lombinho apresentando o maior aumento, de 3,5%.
No atacado, todos os cortes sofreram queda de preço, exceto o acém, que permaneceu estável. A média dos cortes do traseiro recuou 2,6%, a do dianteiro caiu 0,4%, e a média geral teve uma retração de 2,1%.
Já para as vendas de carne bovina com osso, o cenário foi diferente, com alta nos preços devido a um aumento nas vendas, considerado razoável em comparação com semanas anteriores.
O preço da carcaça casada do boi capão subiu 1,2%, sendo cotada a R$21,35/kg, enquanto a do boi inteiro teve alta de 0,5%, apregoada em R$18,85/kg. A carcaça da novilha registrou alta de 0,3%, negociada em R$19,30/kg, enquanto a da vaca permaneceu estável, em R$18,10/kg.
No curto prazo, com a chegada da segunda quinzena do mês e o impacto do período da Quaresma no setor, a tendência dos preços é de estabilidade a queda.
Tabela. Preços médios dos cortes sem osso no mercado atacadista de São Paulo, em R$/kg.

E mudando de mercado interno para externo, exportação de carne bovina do Brasil renovou a máxima histórica para um mês de fevereiro, tanto em faturamento como pelo ritmo de embarque. A exportação de carne bovina in natura do Brasil somou 190,46 mil toneladas métricas em fevereiro de 2025, valor 6,3% acima do recorde anterior, de 2024, quando somou 179,12 mil toneladas e muito acima dos valores praticados no mesmo período dos anos anteriores. Clique aqui e confira os dados de receita, embarque e preço médio do produto brasileiro in natura no mercado internacional, nos meses de fevereiro, entre 2015 e 2025.
O Farmnews também apresentou a variação do preço do boi gordo, bezerro, milho e soja no acumulado até a primeira metade de março de 2025. Clique aqui e confira os dados!
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