O estoque mundial de milho previso para 2023 deve cair frente a 2022 e seguir abaixo de 300,0 milhões de toneladas.
A expectativa do USDA, atualizada em fevereiro, é que o estoque mundial de milho encerre a safra 2022/23 com 295,27 milhões de toneladas, valor abaixo da safra 2021/22 (306,28 milhões de toneladas). O fato é que o estoque final de milho no mundo permanece baixo e menor que os patamares observados nos anos anteriores, especialmente entre 2016 e 2019, quando oscilou entre 322,56 e 351,77 milhões de toneladas, como ilustra a primeira Figura abaixo.
A Figura a seguir apresenta os dados do estoque final de milho no mundo e a evolução da produção e do consumo mundial, em milhões de toneladas, entre a safra 2012/13 e a expectativa para 2022/23, segundo dados do USDA.
O estoque mundial de milho previsto para a safra 2022/23, segundo dados de fevereiro, de 295,27 milhões de toneladas, deve seguir abaixo de 300,0 milhões de toneladas, a exemplo de 2020/21.
Desde a safra 2015/16, ou seja, ao longo das últimas 8 safras (incluindo a previsão para 2022/23) o estoque final de milho no mundo ficou acima de 300,0 milhões de toneladas, com exceção da safra 2020/21 e a expectativa para 2022/23.
A produção mundial do grão deve somar 1.151,36 milhões de toneladas e, além da expectativa de queda frente a safra anterior (1.214,88 milhões de toneladas) deve ficar abaixo do consumo, esperado para alcançar 1.162,37 milhões de toneladas. Aliás, o saldo negativo entre produção e consumo mundial de milho tem sido uma constante, já que nas últimas 6 safras, incluindo a expectativa para 2022/23, a produção superou o consumo apenas em uma oportunidade, em 2021/22.
A queda de 5,2% esperada na produção de milho mundial deve acontecer principalmente devido a redução da safra nos EUA, de 382,89 milhões de toneladas em 2021/22 para 348,75 milhões de toneladas em 2022/23. Além da queda na produção dos EUA, a Ucrânia deve produzir 27,00 milhões de toneladas de milho na safra 2022/23 e, caso confirmado, uma queda de 38,9% em relação a 2021/22 (42,1 milhões de toneladas).
No Brasil, a estimativa segue de 125,00 milhões de toneladas, segundo o USDA (ainda sem a revisão dos dados do sul do País, atingidos pela seca, que devem diminuir essa estimativa de fevereiro nos próximos meses). O valor de 125,00 milhões de toneladas, representa uma alta de 9,0 milhões de toneladas em relação à safra 2021/22.
O fato é que a queda na produção mundial de milho tem pressionado os estoques finais no mundo, como revelam os dados da primeira Figura acima e, mantendo os preços do milho mais firmes mundo afora. No Brasil, os valores observados em 2023 seguem abaixo da média observada no mesmo período de 2022, mas ainda acima dos patamares observados nos anos anteriores a 2022.
A Figura a seguir ilustra a evolução mensal do preço médio nominal do milho (Cepea), avaliado em Reais por saca (60kg), entre janeiro de 2020 e a parcial de fevereiro de 2023 (até o dia 27).
O preço médio parcial do milho (Cepea) em fevereiro de 2023, até o dia 27, de R$85,7 por saca foi 11,5% abaixo da média nominal observada em fevereiro de 2022 (R$96,7).
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É importante ressaltar que a exportação de milho do Brasil iniciou 2023 com vendas que somaram o equivalente a US$1,78 bilhão de dólares, alta de 166,6% frente ao mesmo período de 2022 (UD$0,67 bilhão). Clique aqui e confira os maiores importadores de milho do Brasil em janeiro de 2023!
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