Menor oferta em 10 anos e demanda chinesa reflete no recorde da arroba
O cenário é favorável ao preço recorde da arroba do boi gordo em julho de 2020, de oferta restrita e demanda externa forte.
Na parcial deste mês (até o dia 29), o indicador do boi gordo Cepea (mercado paulista, à vista) registra média de R$220,76 por arroba, avanço de 5,2% na comparação com a média de junho, e recorde real da série histórica do Cepea, iniciada em 1994, considerando-se apenas os meses de julho.
Aliás, clique aqui e confira a evolução dos preços médios mensais do boi gordo, segundo indicador Cepea, entre janeiro de 2017 e a parcial de julho de 2020.
De acordo com pesquisadores do Cepea, o avanço no mercado nacional é explicado pela combinação de exportações brasileiras aquecidas, beneficiadas pela intensa demanda chinesa, e pela oferta restrita de animais no pasto, evidenciada pelo menor número de boi gordo abatido no início deste ano desde 2011.
O abate de bovinos no 1° trimestre de 2020 foi o menor em quase uma década no Brasil. Clique aqui e confira os dados!
Mas é importante destacar que apesar dos valores recorde da arroba em 2020, o cenário do ano segue extremamente desafiador para o pecuarista, principalmente para aqueles que dependem da reposição no mercado.
O desafio da pecuária de corte em 2020 recai principalmente para a atividade de recria engorda. Pois é, mesmo com o preço recorde do boi gordo em valores nominais em julho de 2020, a reposição do rebanho tem sido a pior ao longo dos últimos anos (clique aqui), o que tem colocado um forte sinal de alerta para aqueles que se dedicam a recria e engorda.
E sempre vale destacar que o ano de 2020 tem sido marcado por valores recordes da exportação de carne bovina e, nesse aspecto, é importante ressaltar que a crescente demanda chinesa por carne bovina gera otimismo mas também um alerta para a pecuária de corte do Brasil. Clique aqui e confira! Vale lembrar que o aumento da participação chinesa foi significativo, saindo de 32,2% na parcial de 2019 para 58,8% em 2020, entre janeiro a maio. Clique aqui e saiba mais do assunto!
Adaptado do Cepea
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