Fertilizante desenvolvido pela Embrapa reduz o custo da adubação
O Farmnews destaca pesquisa realizada pela Embrapa, que trás tecnologia capaz de reduzir o custo da adubação.
Pesquisa realizada em laboratório da Embrapa desenvolveu tecnologia pioneira no país de fertilizante completo.
Trata-se de película formada por micronutrientes, em grande concentração que recobre de forma homogênea grânulos dos macronutrientes nitrogênio, fósforo e potássio, conhecidos pela sigla NPK.
O agricultor terá um produto completo para aplicar na lavoura, com nutrientes balanceados e potencial de aumentar a produtividade e reduzir aplicações de fertilizantes. E isso reduz o custo da adubação.
A inovação é fruto de uma década de estudos desenvolvidos no Laboratório Nacional de Nanotecnologia aplicada ao Agronegócio (LNNA) da Embrapa, que lidera a Rede AgroNano.
Vale destacar que a pesquisa envolveu a empresa Produquímica/Compass Minerals, para quem a formulação foi licenciada em 2017 e a novidade foi apresentada com o nome comercial de MicroActive na 10ª Fertilizer Latino Americano, em janeiro de 2018, em São Paulo.
A formulação pode reduzir o número de aplicações de fertilizantes, impactando diretamente no custo da adubação e da produção agrícola, além de ter o potencial de fornecer as condições ideais de nutrição para as plantas.
Líder da Rede AgroNano, o pesquisador da Embrapa Caue Ribeiro diz que o material desenvolvido tem a função de recobrir a superfície do grão, que vai ser usado para levar o outro fertilizante junto. “Tinha de ser uma capa de alta aderência na superfície que não se desprendesse quando fosse aplicada”, revela.
O resultado foi um produto altamente concentrado em micronutrientes que pode ser aplicado diretamente em fertilizantes NPK, sem a necessidade de aditivos.
A formulação tinha que ter ainda quantidade próxima ou adequada, o que corresponde à proporção de duas partes de micronutriente para cada uma de macronutriente, a fim de que a planta receba todos os elementos de que precisa de forma balanceada.
“Esse foi o maior desafio da pesquisa, colocar um nutriente sobre outro sem perder a adesão ao longo do tempo, que conseguisse manter a proporção correta, ser de fácil aplicação e ainda homogêneo”, lembra o pesquisador.
De acordo com a Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), de janeiro a dezembro de 2017, o mercado de fertilizantes no Brasil consumiu mais de 34 milhões de toneladas. O país é o quarto maior consumidor do insumo no mundo, e importa 75% do total utilizado.
Segundo o pesquisador Caue Ribeiro, o fertilizante está para a planta como as vitaminas estão para o organismo humano. “Se o indivíduo não tiver determinadas vitaminas, ele não vai conseguir acessar o nutriente”, explica.
É importante lembrar que essa não foi a primeira iniciativa da Embrapa visando reduzir o custo da adubação. O Farmnews destacou o fertilizante nitrogenado desenvolvido pela Embrapa e a Esalq/USP capaz de gerar grande economia na compra de ureia pelos produtores rurais. Clique aqui e saiba mais!
Adaptado do MAPA
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