O Farmnews atualizou os dados trimestrais da taxa de abate de fêmeas em relação ao total de bovinos abatidos no Brasil, desde 2010.
Afinal, será que a taxa de abate de fêmeas, considerando vacas e novilhas, indica que podemos estar perto do fim do ciclo de baixa?
A provocação foi feita pelo companheiro de profissão, Alexandre Araújo, zootecnista da Caracol Agropecuária, em Barreiras, na Bahia. E discutindo o assunto em conjunto, compartilhamos os dados (Figura). Isso porque os produtores em geral querem saber se de fato estamos perto da virada, para alta do ciclo pecuário.
E como sabemos, o ciclo pecuário começa pelo bezerro, ou seja, o ritmo alto de abate de fêmeas, como o atual, reflete na menor oferta de bezerros(as) nos anos à frente e, por consequência, preços melhores da categoria de reposição. Essa alta no preço do bezerro(a) estimula a retenção de fêmeas e a menor oferta de animais prontos para o abate. E como mostram os dados da Figura abaixo, o ritmo de abate de vacas aumentou forte e alcançou, 1º trimestre de 2023 o maior valor para o período desde 2019..
A Figura ilustra a evolução trimestral da taxa de abate de vacas e novilhas em relação ao abate total de bovinos (oficial), entre 2010 e a parcial de 2023.
A taxa de abate de fêmeas no 1º trimestre de 2023 foi de 44,4%, incluindo vacas e novilhas, o maior valor para o período desde 2019.
Além do maior valor para os primeiros 3 meses do ano desde 2019, a média de 2023 ficou próxima da máxima observada para o período, de 47,0% (nos anos de 2013 e 2014.
Isso sugere que provavelmente estamos perto do fim do ciclo de baixa e os dados do preço corrigido do bezerro igualmente pode indicar essa expectativa. O Farmnews atualizou os dados do preço corrigido do bezerro entre 2010 e a parcial de agosto de 2023. Clique aqui e confira!
O Farmnews comparou o preço futuro do boi gordo, para os vencimentos entre agosto e dezembro, com o valor médio observado no mesmo período do ano anterior. Clique aqui e saiba mais!
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