Com os patamares recorde do bezerros em 2020 o desafio de repor o rebanho se torna cada vez maior.

Pois é, para ter uma melhor ideia do que estamos falando, o preço do bezerro em 2020 tem superado as expectativas de alta e na parcial de julho o valor médio opera mais de 60% acima do valor observado em 2019. E, embora os preços do boi gordo acumulem alta em 2020 e estejam nos maiores patamares nominais, a valorização do bezerro tem sido muito acima da observada para os animais destinados ao abate.

No acumulado do ano, até o dia 13 de julho, o bezerro, segundo indicador Cepea, base Mato Grosso do Sul, apresenta alta de 36,5% no ano, enquanto para o boi gordo (Cepea) a alta foi de 13,0%.

Diante desse cenário de uma maior valorização do bezerro frente ao boi gordo, o poder de compra do pecuarista no momento de repor o rebanho tem sido um dos piores da história em 2020 e opera baixo de 1,80 bezerros por boi gordo em julho (Figura)

A Figura a seguir ilustra a evolução diária da relação de troca de bezerros por boi gordo ao longo de 2020, até a parcial de julho (dia 13).

Embora o desafio de repor o rebanho esteja maior a cada ano, em 2020 os valores de troca tem sido os mais baixos da série, a exemplo de 2015.

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E esse cenário preocupa, pois coloca em risco a viabilidade da atividade de recria e engorda. Pois é, apesar do momento positivo de preços do boi gordo, esse valor não tem sido garantia de uma melhor rentabilidade e, nesse sentido, colocado ponto de atenção na atividade de cria (clique aqui).

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