Qual a previsão do mercado futuro do milho para o vencimento de setembro de 2018?

Bem, no início de junho de 2018 iniciamos o Farmnews Futuros falando um pouco do mercado futuro do boi gordo em 2018 e fazendo uma breve relação dos preços de maio com a perspectiva de preços em outubro (BGIV18).

Aproveitamos a ocasião para apresentar a variação histórica de preços do boi gordo em maio em relação a outubro de cada ano, nos últimos 10 anos. Em outras palavras, o quanto o preço do boi gordo tende a se valorizar de maio a outubro de cada ano. Clique aqui para acessar o artigo completo!

Pois é, vamos fazer um estudo semelhante com o milho e iniciar as análises do mercado futuro do milho no Farmnews.

O contrato de setembro de 2018 (CCMU18) está indicando, em junho (dia 11), um preço de R$39,18 por saca no vencimento do contrato. Isso implica em uma expectativa de queda de cerca de 8,6% em relação ao preço atual, de R$42,87 por saca (segundo indicador Cepea/Esalq, no dia 11 de junho). É importante mencionar que essa expectativa de baixa para o mercado futuro do milho é fruto da colheita do milho safrinha que acontece a partir de meados de junho e em setembro os armazéns tendem a estarem mais cheios, aumentando a oferta do grão.

Mas antes de comparar os preços entre junho e setembro de cada ano, vamos apresentar os preços médios mensais do milho em setembro dos últimos anos, em valores nominais, ou seja, de 2007 a 2017, segundo dados do Cepea/Esalq (base Campinas-SP) (Tabela a seguir).

A Figura a seguir ilustra a variação dos preços do milho entre os meses de setembro de cada ano, de 2007 a 2017, como destacado na Tabela acima.

E agora voltando a questão dos preços entre junho e setembro de cada ano, vale destacar que os valores do grão em setembro, no mercado físico, são cotados, em média, cerca de 6,2% acima dos valores praticados em junho de cada ano. Isso considerando uma média dos últimos 10 anos, ou seja, de 2007 a 2017. Mas, claro, isso é história e serve apenas de referência. Uma referência importante, mas, apenas uma referência…

E indo além na história, a diferença mínima e máxima entre os preços de junho e setembro nos anos de 2007 a 2017 foi de -16,9% (2014) e 37,5% (2007), respectivamente. Veja como evoluiu essa diferença percentual dos preços do milho entre junho e setembro de cada ano, de 2007 a 2017, segundo dados do indicador Cepea/Esalq.

Historicamente o preço médio em setembro é 6,2% superior a média de preço de junho, isso considerando a média entre 2007 e 2017. Por outro lado, o mercado futuro em 2018 aponta uma desvalorização de 8,6% no vencimento do contrato de setembro (CCMU18) quando comparado com o preço do milho no mercado físico no dia 11 de junho.

Mas cada ano tem suas histórias e particularidades. E em 2018 em especial, temos enfrentado uma forte desvalorização do Real frente ao dólar, o que favorece a exportação, não só do milho, mas de todas as commodities que produzimos. Além disso, a quebra de safra na Argentina impactou bastante no valor dessa commodity, somado aos estoques mundiais reduzidos e demanda aquecida. Aliás, confira os dados da exportação de milho do Brasil ao longo de 2018 (clique aqui).

O fato é que além do mercado externo, o período do ano por aqui tem permitido que o milho acumule forte alta ao longo do ano, já que até o dia 11 de junho, preço do milho segundo indicador Esalq/Cepea acumula alta de 26,9% (clique aqui).

Com base no preço atual do contrato de setembro (CCMU18), de R$39,18 (11 de junho), a expectativa do mercado do mercado futuro do milho é de desvalorização de 8,6% em relação ao preço atual do milho, mas, claro, ainda temos algumas variáveis até lá, que podem alterar a direção desses valores, como o andamento da safra nos EUA, e a demanda mundial para os próximos meses.

E é sempre importante ressaltar que o Farmnews Futuros visa subsidiar seus leitores com dados e informações que os capacitem para uma melhor tomada de decisão em suas operações  ou previsões de vendas futuras. Mas claro, não podemos nos responsabilizar pelas decisões tomadas a partir do conteúdo compartilhado pelo Farmnews Futuros.

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