quarta-feira, novembro 26, 2025

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Preço da carne bovina sobe no atacado e varejo na 2º semana de setembro

Alta no preço da carne bovina desafia ritmo tímido do varejo. Apesar das vendas não corresponderem às expectativas, todos os setores reajustaram os valores da carne para cima.

A segunda semana de setembro foi marcada por movimentos positivos nos preços em todos os setores. Embora o giro no varejo não tenha atingido as expectativas, o desempenho foi melhor do que o observado anteriormente, o que resultou em pedidos de reposição de estoques.

Apesar do ritmo contido, esse é o período em que o setor consegue realizar ajustes positivos, já que o consumidor dispõe de maior poder aquisitivo. Porém, ao avançar para a segunda metade do mês, esse fôlego tende a diminuir e a demanda se volta para proteínas mais acessíveis.

No mercado atacadista de carne com osso, a carcaça casada do boi capão apresentou alta na cotação de 0,7%, negociada em R$20,90/kg. Enquanto, para as demais carcaças casadas, não houve alteração na cotação. A do boi inteiro e a da novilha estão negociadas em R$19,50/kg, e a da vaca em R$19,00/kg.

No segmento de carne desossada, a média dos preços avançou 0,6%, impulsionada pelos cortes do traseiro e pelos do dianteiro.

A cotação média dos cortes do traseiro apresentou incremento de 0,7%, com 13 cortes em valorização, um em retração e outro estável. Entre os que puxaram esse cenário estão o filé mignon sem cordão e o patinho, ambos com altas de 1,5%.

Para o dianteiro, mesmo com três cortes em desvalorização, um em alta e outro sem alteração, a média de preços apresentou ajuste positivo de 0,1%. Esse resultado foi reflexo da alta do cupim, que teve ajuste de 1,4%, compensando as variações moderadas dos demais cortes em relação a ele.

No varejo, parte dos estados monitorados pela Scot Consultoria apresentou valorização na média de preços, com exceção do Rio de Janeiro, que permaneceu estável. Tanto em São Paulo quanto no Paraná, a valorização foi de 0,4%.

Em São Paulo, o movimento foi resultado do acréscimo de 11 cortes, contra oito em queda e dois sem alteração. A maior variação foi a queda da cotação da alcatra completa, que recuou 2,9%, enquanto a da picanha e do músculo apresentaram alta de 2,4%.

No Paraná, a sustentação veio de cortes com ganhos mais expressivos, como a costela, com 3,7%, e o miolo de alcatra, com 3,6%. Ao longo da semana, oito cortes registraram valorização, oito recuaram e cinco permaneceram estáveis.

Em Minas Gerais, o preço médio subiu 0,3%. Nove cortes tiveram ajustes positivos, enquanto seis apresentaram quedas ou permaneceram estáveis. O coxão duro foi o que mais se destacou, com alta de 3,6%, seguido pela picanha e o patinho, ambos com altas de 3,4%.

No Rio de Janeiro, a média se manteve inalterada. As maiores variações foram a alta de 3,5% na alcatra com maminha e o recuo de 3,3% do contrafilé. No total, sete cortes subiram, oito recuaram e seis permaneceram estáveis.

No curto prazo, a tendência é de continuidade no ritmo mais contido de alta do preço da carne bovina, com a possibilidade de retração diante do avanço da segunda quinzena do mês.

preço da carne bovina

Apesar da alta no preço da carne bovina, o mercado futuro do boi gordo segue em queda, inclusive precificando queda frente a referência no físico (clique aqui). Embora a expectativa seja otimista para os meses finais do ano quando o assunto é a demanda, a oferta de animais para o abate mais concentrada devido a engorda intensiva tem pressionado os preços da arroba na B3.

O importante é avaliar o abate recorde de fêmeas no 2º trimestre de 2025. Isso porque entre abril e junho de 2025 foram abatidos 5,27 milhões de vacas e novilhas no Brasil, o que representa, além do maior valor trimestral da história, um crescimento de 16,5% frente ao mesmo período de 2024 (recorde anterior para o período do ano). Clique aqui e confira os dados!

Nesse contexto de aumento do ritmo de abate de fêmeas, temos destacado a expectativa de valorização da categoria de reposição. Aliás, o preço da arroba do bezerro segue subindo em setembro, voltando a se aproximar da máxima em 2025, mas movimento do boi gordo no curto prazo merece atenção (clique aqui). O Farmnews inclusive tem apresentado dados que fundamentam a expectativa de valorização do bezerro e a consequente redução do abate de fêmeas. Clique aqui e saiba mais.

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