O preço do bezerro, avaliado em Reais por cabeça, superou nova marca em novembro, acima de R$2.400.
O fato é que no dia 10 de novembro o indicador Cepea, base Mato Grosso do Sul, foi cotado a R$2.404,3 por cabeça que, além do maior valor nominal, acumula alta de 63,8% na parcial de 2020.
A Figura a seguir ilustra a evolução diária do preço do bezerro, em valor nominal, segundo indicador Cepea, base Mato Grosso do Sul, em Reais por cabeça, ao longo de 2020.
Além de superar novo patamar, o preço do bezerro a R$2.404,3 por cabeça acumulou alta de 3,9% na parcial de novembro (10) e 63,8% no ano.
Vale lembrar que a valorização acumulada do bezerro foi muito superior àquela observada para o boi gordo até novembro de 2020 (10). Enquanto o bezerro avaliado em Reais por cabeça acumula alta de 63,8% no período, segundo indicador Cepea base Mato Grosso do Sul, o boi gordo valorizou 49,2% na mesma base de comparação, também conforme Cepea, variando de R$193,0 a R$288,0 por arroba.
O fato é que em 2020, apesar da COVID-19 e os efeitos adversos no consumo interno de carne bovina, a oferta de animais para abate ficou reduzida diante de uma retenção de vacas histórica, estimulada pelos preços recordes do bezerro. Como resultado, o preço do boi gordo acumula ganho de quase R$100,0 por arroba na parcial de 2020 (clique aqui) e, mesmo assim, os patamares recordes não necessariamente representam um momento favorável de lucro ao produtor.
Isso porque mesmo com a escalada de valorização do animal para abate em 2020, o preço do bezerro compromete a relação de troca de bezerros por boi gordo, colocando o poder de compra do pecuarista nos menores níveis históricos.
E mudando o assunto, é importante destacar que Brasil deve liderar o aumento de produção de carne bovina em 2021, com alta de 3,7% frente a 2020. Clique aqui e confira os dados projetados de rebanho e produção de carne bovina entre os principais países para 2021
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