O preço futuro do boi gordo para novembro e dezembro tem descolado, para cima, do vencimento de outubro ao longo de julho.
Com o mercado do boi gordo mais pressionado, para baixo, em julho (clique aqui), também influenciado pelas incertezas relacionadas as tarifas anunciadas pelos EUA para os produtos importados do Brasil, o mercado futuro do boi gordo segue muito especulado, mas precificando uma queda menor para os contratos que vencem nos 2 últimos meses de 2025 (primeira Figura).
E por falar em especulação, a liquidez dos contratos do boi gordo aumentou de forma expressiva em julho (clique aqui), especialmente após o anúncio da tarifa ao Brasil, o que mantém os preços mais voláteis e imprevisíveis.
A Figura abaixo apresenta dados de preço do boi gordo no mercado físico (Datagro) e dos contratos futuros, segundo B3, entre julho de 2025 e fevereiro de 2026, em Reais por arroba, no dia 23 de julho, considerando os valores do ajuste.
O preço futuro do boi gordo mantém expectativa de máxima para 2025 em dezembro e com a diferença entre os demais vencimentos aumentando ao longo de julho.
O fato é que apesar de muito especulado (clique aqui), o que aumenta a insegurança dos investidores e pecuaristas, o mercado futuro do boi gordo tem mostrado uma menor expectativa de queda para os meses de novembro e dezembro que, tem descolado, para cima, do vencimento para outubro, de maior liquidez (segunda Figura).
A Figura ilustra a evolução diária da diferença entre o preço esperado do boi gordo para novembro e dezembro de 2025 frente ao vencimento de outubro, em Reais por arroba, segundo dados da B3, desde junho.
É interessante observar que no início de junho, o preço esperado para dezembro, por exemplo, precificava alta em torno de R$3,0 por arroba em relação a outubro. No final de julho essa diferença gira em torno de R$12,0 por arroba (linha azul da Figura acima). O mesmo descolamento acontece para o contrato de novembro, em patamares menores (linha verde da Figura acima).
O Farmnews inclusive apresentou os dados que mostram a dependência dos EUA da importação de carne bovina para atender a demanda doméstica do país (clique aqui) e igualmente os patamares recordes do preço do boi gordo como resultado da queda no rebanho (clique aqui).
E ao contrário do boi gordo, o preço futuro do milho mostrou sinais de recuperação ao longo da segunda metade de julho, mas ainda segue próximo da mínima. Clique aqui e confira os dados!
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