O preço futuro do boi gordo voltou a cair no início da segunda metade de junho, diminuindo a diferença entre o valor esperado e atual da arroba.
O Farmnews tem destacado o comportamento mais estável do mercado futuro do boi gordo ao longo de junho (clique aqui), ao contrário do mercado físico, em recuperação. O preço do boi gordo foi, inclusive, o destaque positivo entre as commodities agrícolas acompanhadas pelo Farmnews na primeira metade de junho (clique aqui).
A consequência de um mercado futuro do boi gordo mais firme frente ao físico é da queda no ágio entre o preço esperado e atual da arroba, apesar da manutenção do cenário de alta ao longo dos meses, entre junho de 2025 e fevereiro de 2026 (primeira Figura).
A Figura abaixo apresenta dados de preço do boi gordo no mercado físico (Datagro) e dos contratos futuros, segundo B3, entre junho de 2025 e fevereiro de 2026, em Reais por arroba, no dia 17 de junho, considerando os valores do ajuste.
O preço futuro do boi gordo para outubro precifica uma alta de pouco mais de R$20,0 por arroba em relação a referência no físico em junho (17).
O mercado futuro projeta, em junho (17), uma alta de cerca de 7,0% para outubro frente ao valor atual da arroba (Datagro). Vale lembrar que essa expectativa de valorização já foi maior, em torno de 15,0%. Isso mostra que a recuperação no preço do boi gordo no mercado físico não foi acompanhado, na mesma proporção, pela expectativa de preço no mercado futuro (segunda Figura).
A Figura ilustra a evolução diária da diferença entre o preço esperado da arroba para outubro de 2025 em relação ao físico (Cepea), em Reais por arroba, ao longo do ano.
E a queda no ágio do preço esperado do boi gordo para outubro aconteceu em um momento em que os dados mostram uma demanda aquecida, especialmente no mercado internacional. E por falar no assunto, a exportação de carne bovina do Brasil, caso o embarque diário permaneça próximo do praticado até a primeira metade de junho, deve renovar o recorde de venda para o período do ano em 2025. Clique aqui!
E do lado da oferta, vale destacar que os dados do abate de fêmeas na primeira parcial de 2025 foi recorde histórico, com a taxa de abate de vacas e novilhas, somadas, alcançando quase 50,0% (clique aqui). Em outras palavras, praticamente metade do abate oficial de bovinos do Brasil no 1º trimestre de 2025 foi composto por fêmeas. Isso reforça a expectativa de diminuição na oferta de animais por um período maior de tempo. É algo que merece atenção.
E além do preço corrigido do bezerro, o Farmnews atualizou os dados do preço corrigido do boi gordo entre 2010 e a parcial de junho de 2025. Clique aqui e confira!
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