Expectativa para a exportação de soja brasileira em 2018
O mercado de exportação de soja brasileira deve continuar firme em 2018.
Ainda com atraso na comercialização, as exportações de soja brasileira, em grão, devem repetir, em 2018, as 67 milhões de toneladas negociadas no ano passado, estima a Associação Nacional de Exportadores de Cereais (Anec).
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Conforme Sérgio Teixeira Mendes, da Anec, a comercialização do grão está atrasada em relação ao ritmo do ano passado devido ao atraso na colheita e também aos preços da oleaginosa, que estavam mais baixos no começo deste ano. “Mas ainda assim, esperamos um resultado igual ou até maior que o de 2017”, estima.
Com as perdas na Argentina (clique aqui) aquecendo as cotações, a saca da soja segue em alta no País (clique aqui).
“Por outro lado, as incertezas quanto à real dimensão da quebra na safra da Argentina podem fazer com que os preços subam ainda mais”, estima Mendes. “O produtor que tiver condições de manter o grão estocado vai esperar”, complementa.
A projeção da associação é mais conservadora que a divulgada pela consultoria Agroconsult nesta semana, que aposta no embarque de até 72 milhões de toneladas da oleaginosa, com os Estados Unidos focando no embarque de farelo e abrindo espaço para o grão brasileiro no mercado internacional.
Os volumes embarcados desde o começo do ano estão próximos aos do ano passado, segundo dados da Anec. De janeiro até o dia 17 de março, o Brasil exportou 12,4 milhões de toneladas da oleaginosa, 3,1% a menos do que no mesmo período do ano passado. “Mais para o final da safra, os volumes tendem a ser maiores e os produtores mais dedicados ao milho safrinha devem liberar espaço para armazenar o grão”, avalia o diretor.
A favor dos embarques pesa a perspectiva de uma nova safra recorde da oleaginosa, estimada recentemente pela AgRural em 117,9 milhões de toneladas ante as 114,1 milhões de toneladas colhidas na temporada 2016/2017.
Vale destacar que a consultoria Informa Economics elevou sua projeção para o plantio de soja nos Estados Unidos em 2018, para 91,5 milhões de acres, acima dos 91,1 milhões previstos anteriormente. Na avaliação da Anec, mesmo com o crescimento da oferta do grão norte-americano, a demanda firme do mercado chinês deve garantir mercado para a oleaginosa brasileira no exterior.
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Adaptado da CNA
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