Preço futuro do boi gordo frente ao físico em janeiro (29)
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O preço futuro do boi gordo segue abaixo do físico no final de janeiro, precificando uma queda de cerca de R$10,0 por arroba para maio de 2025.
O mercado físico do boi gordo se mantém firme, mas sem oscilações significativas. O cenário atual é de estabilidade, o que mantém uma expectativa de queda em relação aos valores esperados do boi gordo negociados na B3, para todos os vencimentos até julho (primeira Figura).
O preço do boi gordo (Cepea) acumula alta de 2,7% em relação ao valor que encerrou 2024 (R$317,4), cotado a R$325,9 por arroba em janeiro (29). A média parcial de janeiro de 2025 de R$324,9 por arroba foi 1,4% maior que a média nominal de dezembro de 2024 (R$320,3), mas 30,2% acima que a média nominal de janeiro de 2024 (R$249,7).
A Figura abaixo apresenta dados de preço do boi gordo no mercado físico (Cepea e Datagro) e dos contratos futuros, segundo B3, entre janeiro e julho de 2025, em Reais por arroba, no dia 29 de janeiro, considerando os valores do after-market.
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O preço futuro do boi gordo precifica um movimento de ajuste negativo para os vencimentos até julho, embora os valores esperados para 2025 sigam acima do praticado no mesmo período dos anos anteriores.
O Farmnews inclusive apresentou os dados do preço médio nominal do boi gordo nos meses de fevereiro, entre 2010 e a expectativa para 2025. E é importante destacar que o preço do boi gordo esperado para fevereiro de 2025 de R$322,5 por arroba precifica alta de 35,6% frente ao média nominal de fevereiro de 2024. Clique aqui e saiba mais!
Como temos comentado, essas oscilações são esperadas e é natural essa maior volatilidade, especialmente no mercado futuro. Contudo, é importante destacar que embora um movimento de queda seja esperado, pelo menos de acordo com os dados da B3, essa perda é relativamente modesta e não afeta os fundamentos de longo prazo.
O contrato para vencimento em fevereiro, por exemplo, mostra uma perspectiva de queda de cerca de R$5,0 por arroba em relação ao valor atual do físico (Datagro), de janeiro (29), quando foi cotado a R$328,0 por arroba. O contrato de maio precifica uma queda um pouco maior, em torno de R$10,0 por arroba em relação ao físico (segunda Figura).
A Figura apresenta a diferença (deságio) entre o preço esperado do boi gordo (B3) para os vencimentos até julho e o valor atual do boi gordo no físico, em Reais por arroba, em janeiro (29), considerando os valores do after-market.
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É comum nossos leitores perguntarem sobre a estratégia que deveriam adotar diante do atual cenário de preços e do receio quanto ao futuro do mercado. Bom, isso é muito particular e envolve inúmeras variáveis, mas é um assunto que iremos abordar mais adiante, em um produto exclusivo para esse assunto (Farmanálise). É preciso entender, inicialmente, se estamos falando com um pecuarista que busca proteção e conhece seus custos e tem menor ou maior apetite ao risco. Por outro lado, pode ser que a pergunta seja de um investidor com objetivos especulativos de curto ou longo prazos. São cenários que condicionam a resposta e a estratégia para cada caso.
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