O Farmnews destaca para os preços da soja e do milho neste início de novembro de 2017.
O forte ritmo das exportações (clique aqui), aliado à perspectiva de redução da área de milho verão, tem mantido os vendedores retraídos, na expetativa de preços maiores nas próximas semanas.
Por outro lado, compradores se mostram mais flexíveis nas negociações, com o objetivo de repor estoques. Neste cenário, o mercado brasileiro de milho continua em alta.
O indicador Cepea/Esalq (Campinas-SP) subiu 3,5% em 7 dias, indo a R$32,87/saca de 60 quilos no último dia 3 de novembro – mesmo patamar nominal registrado em março de 2017.
Em outubro, este indicador apresentou a maior média do segundo semestre deste ano, de R$30,38/sc, 4,1% superior à média de setembro, mas 28% inferior à de mesmo período de 2016.
E com relação aos preços da soja, em outubro, os valores do grão e do farelo alcançaram os maiores patamares dos últimos 3 meses; para o óleo, o preço foi o maior dos últimos 9 meses.
Segundo pesquisadores do Cepea, as valorizações do complexo da soja estão atreladas à firme demanda externa (clique aqui) e à retração de produtores da comercialização de grandes lotes, visto que as ofertas para entrega em 2018 têm preços mais elevados.
Além disso, os preços da soja foram impulsionadas pela valorização do dólar, que teve média de R$3,1950 em outubro, a maior desde julho deste ano, em termos nominais. Clique aqui e confira a trajetória do Real em relação ao dólar em 2017!
Neste cenário, a média do Indicador da soja Cepea/Esalq Paranaguá registrou alta de 1,5% entre setembro e outubro, a R$71,47/saca de 60 kg. Esse patamar é o maior desde julho, em termos reais (IGP-DI set/17).
Quanto ao farelo, na média das regiões acompanhadas pelo Cepea, os preços subiram fortes 5,2% entre setembro e outubro. Em 21 das 35 regiões acompanhadas pelo Cepea, a média de outubro foi a maior dos últimos 3 meses, em termos nominais.
E quanto ao óleo de soja, os preços são os maiores desde janeiro, em termos reais, com média de R$2,753,19/tonelada (posto na cidade de São Paulo com 12% de ICMS) em outubro.
Adaptado do Cepea
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