Novo Perfil do Agrônomo e as Tecnologias que Moldarão a Agricultura

O setor agrícola está em transformação e exige mudanças no perfil do agrônomo. E você sabe quais são elas?
Vale lembrar que Sidney Regi abordou sobre o perfil do Agrônomo do Futuro (agrônomo 5.0), destacando que o profissional deixou de ser apenas um especialista em solos, plantas e nutrição agrícola, mas também um líder na digitalização do agronegócio. Clique aqui e saiba mais sobre o agrônomo 5.0.
A evolução do Engenheiro Agrônomo reflete as transformações do setor agrícola diante da revolução digital. Historicamente, esse profissional era responsável por levar conhecimento técnico ao campo, melhorando a produtividade com base em ciência e práticas de manejo. No entanto, a ascensão de tecnologias como Big Data, Inteligência Artificial (IA), Internet das Coisas (IoT) e Blockchain redefine o papel do agrônomo, exigindo novas competências e uma visão mais estratégica.
O Agrônomo 5.0, ou agrônomo do futuro, não é apenas um especialista em solos, plantas e nutrição agrícola, mas um líder na digitalização do agronegócio. Ele atua na implementação de ferramentas tecnológicas para aumentar a produtividade e promover a sustentabilidade, conectando o campo à inovação.
O Agrônomo do Futuro é um Híbrido de Cientista, Tecnólogo e Gestor. Isso porque o agrônomo do futuro será um profissional multidisciplinar, combinando habilidades técnicas e socioemocionais. Ele precisará dominar tecnologias digitais, como análise de dados e programação, além de integrar conhecimentos de biotecnologia, engenharia e ciência da computação. A adaptabilidade, resolução de problemas e consciência ambiental serão competências-chave.
Tecnologias que Moldarão a Agronomia
• Inteligência Artificial (IA) e Machine Learning: Permitem a análise de grandes volumes de dados para previsões precisas de safras, detecção precoce de pragas e doenças, e otimização do uso de insumos, como água e fertilizantes.
• Internet das Coisas (IoT): Sensores conectados no campo monitoram em tempo real condições do solo, umidade, temperatura e saúde das plantas, gerando dados que ajudam na tomada de decisões mais eficientes.
• Agricultura de Precisão: Utiliza GPS, drones e imagens de satélite para mapear e gerenciar lavouras com extrema precisão, reduzindo desperdícios e maximizando a produtividade.
• Robótica e Automação: Máquinas autônomas realizam tarefas como plantio, colheita e pulverização, aumentando a eficiência operacional e reduzindo custos.
• Biotecnologia: Inclui técnicas como edição genética (CRISPR) para desenvolver culturas mais resistentes a pragas, doenças e condições climáticas extremas, além de aumentar a produtividade e a qualidade dos alimentos.
• Blockchain: Garante transparência e rastreabilidade na cadeia produtiva, conectando o campo ao consumidor final e fortalecendo a confiança no mercado.
• Fazendas Verticais e Agricultura Urbana: Utilizam técnicas de cultivo em ambientes controlados, como estufas automatizadas, para produzir alimentos em áreas urbanas, reduzindo a necessidade de transporte e o impacto ambiental.
• Energias Renováveis: Sistemas de energia solar, eólica e biomassa são integrados às propriedades rurais, promovendo a autossuficiência energética e reduzindo a pegada de carbono.
• Controle Biológico de Pragas: Substitui ou complementa o uso de agrotóxicos por métodos naturais, como insetos predadores e microrganismos, promovendo uma agricultura mais sustentável.
• Realidade Aumentada (AR) e Realidade Virtual (VR): Auxiliam no treinamento de profissionais e no planejamento de lavouras, permitindo simulações e visualizações detalhadas de cenários agrícolas.
Desafios e Oportunidades
A resistência à adoção de novas tecnologias, a falta de infraestrutura rural e a pressão por produtividade versus sustentabilidade são desafios significativos. No entanto, o crescimento do mercado de agtechs e a demanda por profissionais multidisciplinares abrem oportunidades para agrônomos visionários.
Conclusão: O Agrônomo e a sua rotina como Agente de Transformação
O agrônomo do futuro é um agente de mudança, unindo tecnologia, ciência e sustentabilidade para enfrentar os desafios globais da segurança alimentar e preservação do planeta. Sua atuação será crucial para garantir que a agricultura continue a ser a base da civilização humana. A valorização dessa profissão passa pela educação contínua, adoção de tecnologias inovadoras e conscientização sobre seu papel estratégico. O futuro da agricultura está nas mãos de agrônomos preparados para liderar essa transformação.
A rotina do Engenheiro Agrônomo do Futuro será dinâmica, multidisciplinar e altamente tecnológica, refletindo as demandas de uma agricultura moderna, sustentável e conectada. Abaixo está um exemplo de como essa rotina pode ser estruturada:
Manhã: Monitoramento e Análise de Dados
- Checagem de Dados em Tempo Real:
- Acessar plataformas digitais para verificar dados coletados por sensores IoT, drones e satélites sobre umidade do solo, saúde das plantas, previsões climáticas e presença de pragas;
- Analisar relatórios gerados por sistemas de IA para identificar possíveis problemas ou oportunidades de melhoria.
- Agricultura de Precisão:
- Utilizar mapas gerados por GPS e drones para planejar a aplicação de insumos (fertilizantes, defensivos) de forma precisa, reduzindo desperdícios e impactos ambientais;
- Acompanhar o funcionamento de máquinas autônomas (tratores, colheitadeiras) em tempo real.
- Reuniões Virtuais com Produtores:
- Realizar videoconferências para apresentar análises e recomendações personalizadas, baseadas em dados, para otimizar a produção;
- Orientar sobre o uso de aplicativos e softwares de gestão agrícola.
Tarde: Campo e Implementação de Tecnologias
- Visitas Técnicas com Foco em Inovação:
- Realizar visitas a propriedades rurais para supervisionar a instalação e o funcionamento de tecnologias como sensores, sistemas de irrigação automatizados e painéis solares;
- Treinar produtores e equipes no uso de novas ferramentas digitais.
- Gestão de Projetos Sustentáveis:
- Implementar práticas alinhadas à agenda ESG, como agricultura regenerativa, controle biológico de pragas e uso eficiente de água;
- Monitorar indicadores de sustentabilidade, como redução de emissões de carbono e aumento da biodiversidade.
- Testes e Experimentos com Biotecnologia:
- Acompanhar culturas desenvolvidas com técnicas de edição genética (CRISPR) ou melhoramento genético para resistência a pragas e condições climáticas adversas;
- Coletar amostras para análise em laboratório, utilizando equipamentos de ponta.
Noite: Capacitação e Planejamento Estratégico
- Atualização Profissional:
- Participar de cursos online, webinars e treinamentos sobre novas tecnologias, como IA, blockchain e robótica;
- Estudar tendências do mercado global de alimentos e práticas sustentáveis.
- Análise de Mercado e Rastreabilidade:
- Utilizar plataformas de blockchain para garantir a rastreabilidade dos produtos, desde o campo até o consumidor final;
- Analisar dados de mercado para identificar oportunidades de comercialização e tendências de consumo.
- Planejamento de Longo Prazo:
- Desenvolver estratégias para a adoção de novas tecnologias, como fazendas verticais ou sistemas de energia renovável;
- Elaborar relatórios técnicos e projetos para captação de recursos ou parcerias com agtechs.
Fim de Semana: Networking e Inovação
- Participação em Eventos e Feiras:
- Visitar feiras de tecnologia agrícola, hackathons e eventos de inovação para conhecer novas soluções e estabelecer parcerias;
- Apresentar cases de sucesso e trocar experiências com outros profissionais.
- Colaboração com Agtechs e Universidades:
- Trabalhar em parceria com startups e centros de pesquisa para desenvolver e testar novas tecnologias;
- Publicar artigos científicos ou técnicos sobre inovações aplicadas no campo.
Habilidades e Ferramentas Utilizadas
• Ferramentas Digitais: Softwares de gestão agrícola, plataformas de análise de dados, aplicativos móveis e sistemas de automação.
• Habilidades Interpessoais: Capacidade de comunicação para traduzir conceitos tecnológicos aos produtores e liderar equipes multidisciplinares.
• Mentalidade Inovadora: Adaptabilidade para lidar com mudanças rápidas e buscar soluções criativas para problemas complexos.
A rotina do Agrônomo do Futuro será marcada pela integração entre o campo e a tecnologia, com foco em produtividade, sustentabilidade e inovação. Ele será um agente de transformação, conectando o agronegócio às demandas do século XXI.
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