quinta-feira, dezembro 18, 2025

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Gestão de risco no agronegócio: por que produzir bem já não é suficiente

A gestão de risco no agronegócio permite reduzir surpresas, proteger o fluxo de caixa e dar maior previsibilidade às decisões.

Durante muitos anos, produzir bem foi sinônimo de sucesso no campo. Alta produtividade, bons manejos e experiência prática eram suficientes para garantir a continuidade do negócio rural. Hoje, esse cenário mudou. A agropecuária brasileira opera em um ambiente de riscos cada vez mais complexos, interligados e imprevisíveis – climáticos, financeiros, operacionais, regulatórios e humanos.

Nesse contexto, a gestão de risco deixa de ser um conceito teórico e passa a ser uma ferramenta prática de sobrevivência e competitividade. Não se trata de eliminar riscos, o que é impossível no agro, mas de entendê-los, medi-los e decidir conscientemente como conviver com eles.

Por que a gestão de risco se tornou indispensável no agro?

Eventos climáticos extremos mais frequentes, volatilidade de preços, aumento do custo dos insumos, restrição de crédito e pressão por eficiência e sustentabilidade fazem parte da nova realidade do produtor. Quem não se antecipa acaba reagindo – muitas vezes tarde demais.

A gestão de risco permite reduzir surpresas, proteger o fluxo de caixa e dar previsibilidade às decisões. Ela é, cada vez mais, um diferencial competitivo para quem quer acessar crédito, negociar melhor sua produção e garantir a continuidade do negócio familiar.

Quais são os principais riscos do agronegócio?

O produtor rural convive diariamente com diferentes categorias de risco:

• Riscos de mercado: variação de preços, custos de insumos, câmbio. 

• Riscos operacionais: falhas de manejo, acidentes de trabalho, problemas com máquinas, roubos e furtos. 

• Riscos biológicos: pragas, doenças, resistência. 

• Riscos climáticos: seca, excesso de chuvas, geadas, granizo e temperaturas extremas. 

• Riscos ambientais: degradação do solo, escassez de água, erosão, contaminação de lençóis freáticos, incêndios. 

• Riscos financeiros: acesso ao crédito, juros, endividamento e inadimplência. 

• Riscos humanos: sucessão, conflitos familiares, falta de mão de obra e eventos inesperados. 

• Riscos institucionais: mudanças regulatórias, políticas públicas e barreiras de mercado.

Como estruturar a gestão de risco na prática

Uma forma simples e eficiente de começar é mapear todas as atividades do dia a dia da propriedade. A partir dessa lista, o produtor identifica os eventos que podem gerar perdas e avalia dois fatores essenciais: impacto e frequência.

Eventos de baixo impacto são aqueles que pouco afetam a operação. Já os de médio impacto causam prejuízos relevantes, enquanto os de alto impacto podem comprometer a continuidade do negócio. A frequência indica se o evento é raro, ocasional ou recorrente.

Ao cruzar impacto e frequência em uma matriz de risco, o produtor passa a visualizar onde estão os maiores pontos de atenção e onde deve priorizar recursos, tempo e investimento.

Ferramentas para mitigar riscos no campo

Muitos produtores já utilizam ferramentas de mitigação sem perceber que estão fazendo gestão de risco. Vacinação, manejo sanitário, regulagem de máquinas e uso correto de defensivos são exemplos clássicos.

Outras ferramentas ainda são subutilizadas, como:

• Contratos de venda antecipada e instrumentos de hedge. 

• Gestão estruturada de custos de produção. 

• Seguros rurais, patrimoniais, de pessoas e de crédito.

O seguro, em especial, merece destaque. Ele permite compartilhar riscos de eventos de alto impacto que seriam difíceis de absorver individualmente. Quanto maior a adesão dos produtores, mais sustentável e acessível se torna o mercado segurador.

Gestão de risco é gestão do futuro

A gestão de risco no agronegócio não é custo, é investimento. Ela protege o patrimônio, dá previsibilidade ao fluxo de caixa, fortalece a governança e prepara o negócio para atravessar ciclos adversos.

Quem entende seus riscos, conhece seus custos e utiliza as ferramentas disponíveis toma decisões melhores, negocia com mais segurança e garante longevidade ao seu negócio. Produzir bem continua sendo fundamental. Mas, hoje, só permanece no jogo quem também sabe gerenciar riscos.

Quer saber mais sobre as opções de gerenciamento de risco e como elas podem ajudar no seu negócio, entre em contato comigo. Nádia Alcantara (11) 94103 3105 ou pelo nadia.alcantara@nbacorretora.com.br

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