A recria intensiva vai muito além de apenas acelerar o ganho de peso. Trata-se de uma verdadeira fábrica de supergarrotes com desempenho econômico.

Na pecuária de corte, o tempo é um dos nossos ativos mais preciosos e, ao mesmo tempo, um dos maiores desafios. A fase de recria, muitas vezes vista como um longo período de espera, pode se transformar no motor que acelera o giro do capital e a lucratividade da fazenda. A chave para isso? Intensificar.

Deixar de lado o velho conceito do “boi sanfona” e adotar uma estratégia para produzir, em tempo recorde, um animal de altíssimo potencial para o confinamento. Uma simulação recente mostra que essa não é apenas uma ideia interessante, mas uma oportunidade de negócio extremamente rentável e robusta.

O cenário analisado foi direto ao ponto: um lote de bezerros Nelore, entrando com 220 kg, passa por um período estratégico de suplementação na seca e, em seguida, vai para o pasto. Em cerca de 10 meses, o resultado é um garrote pesado, com quase 400 kg, pronto para a engorda. O desempenho econômico dessa operação é de encher os olhos. Com um lucro bruto de R$931,33 por animal e uma margem bruta de 21,17%, os números falam por si. A Taxa Interna de Retorno (TIR) de 3,18% ao mês mostra uma rentabilidade que supera muitas aplicações financeiras tradicionais.

Os gráficos da simulação contam essa história de sucesso de forma visual. O primeiro, de Resultados Econômicos, exibe uma barra de receita que supera com folga a de custos, gerando uma sólida barra de lucro. É a imagem clara de uma operação bem-sucedida. O gráfico de Fluxo de Caixa, por sua vez, demonstra a necessidade de planejamento: um investimento inicial que mantém o saldo acumulado no negativo por alguns meses, mas que é recompensado com uma entrada de caixa expressiva no final, na venda dos animais. É o retrato de um investimento planejado com retorno certo.

Contudo, o gráfico de Análise de Cenários é o que realmente impressiona e confere segurança à estratégia. Mesmo em um cenário 15% mais pessimista, a operação continua lucrativa, mostrando uma resiliência notável. Isso significa que o sistema tem gordura para queimar e se protege contra as oscilações do mercado, um diferencial gigantesco em comparação com atividades de maior risco.

No fim das contas, a recria intensiva vai muito além de apenas acelerar o ganho de peso. Trata-se de uma verdadeira fábrica de supergarrotes.

Você entrega para a fase de terminação um animal que não se encontra na prateleira do mercado comum, um “atleta” com maior potencial de carcaça e mais preparado para um alto desempenho no cocho. É a chance de aumentar o giro da fazenda, agregar valor à produção e, finalmente, colocar o tempo para trabalhar a favor do seu lucro.

Simulador disponível em: www.ricardobrumatti.pro.br/recria 

Aliás, o Farmnews em parceria com Ricardo Brumatti e Maurício Scoton tem apresentado diversos conteúdos relacionados a gestão e eficiência produtiva. Entre eles, vale destacar que o lucro do confinamento é dependente de uma série de variáveis sensíveis, especialmente do custo da compra dos animais. Clique aqui e saiba mais!

Vale lembrar também que foi discutido sobre a variação do custo da engorda e seus impactos diretos no lucro da atividade. Clique aqui e relembre!

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