Uso de antibióticos na produção animal em discussão
A questão do uso de antibióticos na produção animal tem gerado conflito de opiniões entre o USDA e a OMS.
O fato é que a pesquisadora chefe do USDA se declarou contra as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), emitidas neste início de novembro.
Vale lembrar que a OMS criticou o atual uso de antibióticos na produção animal.
De acordo com a pesquisadora, Chavonda Jacobs-Young, do USDA, as diretrizes da OMS não estão alinhadas com a política dos EUA e não são suportadas por dados confiáveis de pesquisa. Segundo ela, as recomendações combinam erroneamente a prevenção de doenças com a promoção do crescimento em animais.
No início de novembro de 2017 a OMS recomendou que toda cadeia de produção de proteína de origem animal deixasse de usar antibióticos rotineiramente para promover o crescimento e prevenir doenças em animais.
A OMS solicitou que os padrões para o uso de antibióticos nas fazendas de produção animal fossem atualizados através de um processo transparente, consensual e baseado no CODEX.
No entanto, antes da realização da primeira reunião do CODEX, a OMS divulgou tais recomendações, que de acordo com a pesquisadora, são baseadas em “evidências de baixa qualidade”.
Sob a atual política da Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA), antibióticos e medicamentos importantes não devem ser usados para a promoção do crescimento em animais.
Nos EUA, a FDA permite o uso de medicamentos e antimicrobianos no tratamento, controle e prevenção de doenças em animais produtores de alimentos sob o controle profissional de veterinários licenciados. Embora as diretrizes da OMS reconheçam o papel dos veterinários, haverá restrições da OMS”, acrescentou Jacobs.
A pesquisadora do USDA concorda, no entanto, que é necessário mais dados para avaliar o progresso no uso e resistência de antimicrobianos, bem como o desenvolvimento contínuo de terapias alternativas para o tratamento, controle e prevenção de doenças em animais.
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