Disputa comercial e câmbio contribuem para alta no milho e soja
Nos primeiros dias de agosto de 2019 os preços dos grãos subiram no Brasil devido a disputa comercial entre Estados Unidos e a China e a desvalorização do Real.
O acirramento da disputa comercial, e agora cambial, entre Estados Unidos e China elevou com força os preços da soja no Brasil nos últimos dias.
Segundo pesquisadores do Cepea, a recente desvalorização da moeda chinesa frente ao dólar encarece as aquisições de produtos norte-americanos por parte da China, deslocando compradores de commodities agrícolas para o Brasil. Além disso, a maior demanda chinesa pela soja brasileira também foi favorecida pela desvalorização do Real frente ao dólar – a moeda brasileira permaneceu praticamente estável frente à chinesa (Renminbi – CNY) no período.
Nesse cenário, entre 2 e 9 de agosto, o Cepea da soja Paranaguá (PR) subiu 4,2%, para R$83,58 por saca.
Pois é, mas apesar da alta no início de agosto devo ao acirramento da disputa comercial entre Estados Unidos e China, a importação de soja brasileira pelo país asiático segue caindo na parcial de 2019 (clique aqui).
Com relação ao milho, os preços do grão voltaram a subir no Brasil nos últimos dias. Segundo colaboradores do Cepea, a influência veio das altas internacionais (CME Group) e da valorização do dólar frente ao Real, que, por sua vez, também impulsionaram as cotações nos portos brasileiros.
Diante disso, produtores nacionais se retraíram do mercado, à espera de novas altas. Do lado da demanda, compradores se mostram abastecidos para o curto prazo, atentos às entregas de produtos contratados. Estimativas indicando produção e exportação recordes na temporada 2018/19 também afastaram parte dos demandantes do mercado.
Assim, entre 2 e 9 de agosto, o indicador Cepa (Campinas – SP) avançou 2,1%, fechando a R$36,61 por saca.
Vale lembrar que em julho de 2019 os preços do milho e da soja foram destaque de queda. Clique aqui e confira o comportamento de preços das commodities agrícolas, boi gordo, bezerro, milho e soja em julho de 2019.
Adaptado do Cepea
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