Os contratos em aberto no mercado futuro do boi gordo seguem caindo, mas com destaque a maior procura pelos vencimentos em novembro e dezembro.

Apesar do contrato para outubro apresentar o maior volume de negócios e contratos em aberto (Figura), em termos relativos o crescimento da procura para os vencimentos entre novembro e dezembro tem sido proporcionalmente maior ao longo da primeira metade de setembro.

Isso porque o contrato para vencimento em outubro apesentou, em setembro (12), 19.704 posições em aberto, alta de 9,8% frente ao valor que encerrou agosto (17.369). As posições em aberto para o vencimento em novembro e dezembro, no mesmo intervalo de tempo, subiram 23,3% e 37,9%, respectivamente.

Vale destacar, contudo, que o número total de contratos em aberto no mercado futuro do boi gordo segue abaixo de 40.000 desde o final de julho. Isso mostra um menor interesse pelo mercado futuro do boi gordo, o que também pode estar associado a aversão ao risco diante de um cenário de maior volatilidade.

No final de julho, os contratos em aberto no mercado futuro do boi gordo ficaram acima de 40.000, enquanto no final de agosto em torno de 39.000 e na parcial de setembro, próximo de 37.000. Isso mostra que o aumento dos contratos em aberto para os contratos de maior liquidez, como entre outubro e dezembro (Figura), tem ficado abaixo da perda de posições devido ao encerramento dos contratos ao final de cada mês.

Em outras palavras, as posições em aberto no mercado futuro do boi gordo não têm sido substituídas, na mesma proporção, quando um contrato é encerrado. Isso aconteceu em agosto e parece estar acontecendo novamente em setembro.

A Figura apresenta dados do número de contratos em aberto no mercado futuro do boi gordo (B3), conforme vencimento, de setembro a dezembro de 2025, entre o final de julho e a parcial de setembro (12)

O número de contratos em aberto no mercado futuro do boi gordo vem caindo desde o final de julho, o que pode estar relacionado a queda no preço esperado da arroba e a aversão ao risco pelo pecuarista.

E por falar em preço, o valor do boi gordo no mercado físico se mantém mais estável, enquanto o mercado futuro, para outubro, por exemplo, voltou a se aproximar de R$310,0 por arroba, mesmo patamar observado durante o período de anúncio do “tarifaço” e, precificando queda frente ao valor atual da referência no físico (clique aqui).

É importante avaliar o abate recorde de fêmeas no 2º trimestre de 2025. Isso porque entre abril e junho de 2025 foram abatidos 5,27 milhões de vacas e novilhas no Brasil, o que representa, além do maior valor trimestral da história, um crescimento de 16,5% frente ao mesmo período de 2024 (recorde anterior para o período do ano). Clique aqui e confira os dados!

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