Importação de milho da China pode aumentar para produção de etanol
A importação de milho pela China pode atingir 20 milhões de toneladas anuais.
Esse volume de importação de milho seria mais de seis vezes o nível atual.
Essa maior importação de milho seria necessária para atender a uma maior utilização de etanol em combustível no país.
O fato é que Pequim planeja lançar uma gasolina conhecida como “E10” – contendo 10 por cento de etanol – em todo o maior mercado de carros do mundo até 2020.
Com isso, serão necessários 15 milhões de toneladas de etanol quando a política for implementada, de acordo com cálculos da Reuters, ou cerca de 45 milhões de toneladas de milho.
Mais milho já está sendo consumido mais perto dos campos de milho na região nordeste da China, depois de uma série de medidas introduzidas no ano passado para usar os estoques estatais.
Enquanto isso, a expansão contínua do setor de processamento de milho deixará menos milho disponível para os produtores animais em outras partes do país, disse Cherry Zhang, analista sênior de milho com Shanghai JC Intelligence Co.
A China pode precisar importar entre 10 milhões e 20 milhões de toneladas anuais para preencher a lacuna, disse Zhang.
A previsão é significativamente maior do que as projeções do departamento de agricultura dos Estados Unidos, que espera que as importações de milho atinjam apenas 3,8 milhões de toneladas no ano agrícola de 2019/20.
O consumo de milho da China em 2017/18 deverá aumentar 8,4% para 221,97 milhões de toneladas, de acordo com o Centro Nacional de Informação sobre Grãos e Óleos da China (CNGOIC).
Espera-se que a demanda industrial de produtores de edulcorantes, amido e etanol aumente 14,1% para 73 milhões de toneladas em 2017/18, prevendo o CGNOIC.
O Farmnews também destacou a produção de etanol de milho que, tem gerado discussões sobre sua viabilidade econômica e ambiental no Brasil (clique aqui).
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