No mercado de carne bovina, varejista não se intimida com final do mês fraco e preços sobem.
O fato é que o mercado atacadista recua, enquanto o varejo segue apresentando ajustes positivos em setembro.
Chegando ao fim do mês, o mercado de carne bovina segue como o esperado: em ritmo lento. Apesar das exportações aquecidas, o dólar em patamares menores do que nos meses anteriores reduziu a margem de comercialização da indústria exportadora. Nesse cenário, alguns setores registraram ajustes negativos, como o atacado, enquanto o varejo ainda opera com altas.
No atacado de carne com osso, todas as carcaças casadas apresentaram recuo.
A carcaça casada do boi capão caiu 1,2%, cotada em R$20,25/kg, enquanto a do boi inteiro e a da novilha recuaram 1,3%, para R$19,25/kg. Já a carcaça casada da vaca foi negociada a R$18,75/kg.
Entre as demais carcaças, a ponta de agulha foi a que mais caiu: a do boi capão caiu 1,8%, cotada em R$16,45/kg, e a do boi inteiro cuja queda foi de 2,1%, fechou em R$16,40/kg.
No mercado de carne sem osso, a média geral recuou 0,2%, reflexo das quedas nos cortes do traseiro e do dianteiro.
No traseiro, a retração foi de 0,1%, com destaque para a capa de filé e para a fraldinha, que caiu 1,0% e 0,8%, respectivamente. Já no dianteiro, a queda foi de 0,4%, com todos os cortes monitorados em baixa, sendo o peito o de maior variação, com 0,8% de recuo.
Por outro lado, no varejo, os reajustes foram positivos em todos os estados monitorados pela Scot Consultoria.
O maior ajuste em São Paulo, de 0,6%, foi sustentado pela alta de 15 cortes – contra seis em queda –, sendo que o corte com maior variação foi o miolo de alcatra, com recuo de 4,1%, seguido pela alta de 3,5% no contrafilé.
Em Minas Gerais, o avanço foi de 0,4%, com 11 cortes em alta, cinco em queda e cinco estáveis, com destaque para a costela e o cupim, ambos com valorização de 3,6%.
No Rio de Janeiro, a cotação média apresentou acréscimo de 0,3%, resultado de nove cortes em alta, cinco em queda e sete estáveis, com destaque para o miolo de alcatra, que subiu 3,0%.
Já no Paraná, a cotação média avançou 0,1%, com 10 cortes em alta, sete em queda e quatro estáveis, com destaque para o coxão mole, que subiu 3,3%, e para a fraldinha, que registrou alta de 3,0%.
No curto prazo, espera-se um mercado ainda andando de lado. Mesmo com a virada de mês, a melhora no poder aquisitivo do consumidor deve ser sentida apenas a partir da segunda semana de outubro.

E como destacado acima, o mercado de exportação de carne bovina brasileiro segue firme e deve renovar a máxima para um mês de setembro, em 2025, como mostram os dados parciais de embarque no acumulado até a 3ª semana do mês. Clique aqui e confira!

E você sabia que o consumo mundial de carne bovina tem crescido acima da capacidade de produção, diminuindo o saldo de estoque ano após ano? Clique aqui e confira os dados da oferta e demanda mundial de carne bovina entre 2018 e a expectativa para 2025!
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