quinta-feira, novembro 27, 2025

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Mercado de carne bovina: final de mês não animou as vendas

No mercado de carne bovina, o final de outubro chegou, mas o churrasco ficou para depois!

Com a chegada da última semana do mês, as vendas no varejo perderam ritmo, e o setor busca reagir com promoções para estimular o consumo.

A última semana do mês chegou e, com ela, as vendas retraíram ainda mais. Apesar dos poucos pedidos de reposição de estoques, o setor atacadista ajustou para cima as cotações, sustentado pela valorização da arroba do boi gordo, que ganhou força desde o início de outubro, acumulando alta de R$13,00 até o dia 29/10, e pelo bom desempenho das exportações de carne in natura, 25,0% acima do registrado no mesmo período de 2024.

No atacado de carne com osso, a carcaça casada do boi capão subiu 0,5%, negociada em R$21,00/kg, enquanto a do boi inteiro apresentou alta de 0,8%, cotada em R$20,15/kg.

Entre as fêmeas, não houve alteração nas cotações. A carcaça casada da vaca permaneceu em R$19,50/kg e a da novilha em R$20,00/kg.

No atacado de carne sem osso, a cotação média geral subiu 1,1%, impulsionada pela valorização tanto da média de preços dos cortes do traseiro quanto da do dianteiro.

Os cortes do traseiro registraram aumento na média de 1,1%, com 14 dos 16 cortes monitorados em alta, com destaque para o filé mignon com cordão, que valorizou 2,1%.

Nos cortes do dianteiro, a média aumentou 1,2%, com ajuste positivo em todos os seis cortes monitorados pela Scot Consultoria. Os maiores avanços foram do lombinho, com alta de 2,3%, e da paleta sem músculo, que subiu 2,2%.

No varejo, diante do cenário atual, o setor encontrou margem para reduzir os preços e promover ofertas, buscando acelerar o giro das mercadorias. Como resultado, todos os estados monitorados registraram queda na média de preços.

Em São Paulo, o recuo foi de 1,0%, com 12 dos 21 cortes em baixa, seis em alta e três estáveis. Os maiores recuos foram do acém, com queda de 3,6%, e da fraldinha, que diminuiu 3,5%.

No Paraná, a redução foi de 0,3%, puxada pela desvalorização de nove cortes, com destaque negativo para o peito, que caiu 3,4%, e para a costela, com recuo de 3,3%.

Em Minas Gerais, a média cedeu 0,1%, com sete cortes em queda, cinco em alta e nove estáveis. O maior ajuste foi do miolo de alcatra, que caiu 3,8%.

No Rio de Janeiro, a desvalorização foi de 0,4%, com nove cortes em baixa, sete em alta e cinco sem variação. O destaque ficou para a maminha, que recuou 3,3%.

No curto prazo, é esperado que, com a virada do mês, o mercado de carne bovina retome o fôlego, especialmente com a chegada do penúltimo mês do ano, quando os consumidores tendem a se animar com o recebimento do décimo terceiro salário.

Tabela 1. Preços médios dos cortes sem osso no mercado atacadista, em R$/kg.

mercado de carne bovina

Vale destacar também que a exportação de carne bovina do Brasil deve renovar a máxima histórica em outubro de 2025. Um novo recorde para um mês de outubro já foi confirmado, ainda que os dados de embarque sejam parciais (clique aqui) no mês. Isso mostra que a demanda internacional deve seguir aquecida nos meses finais do ano.

Tabela 2. Preços médios dos cortes no mercado varejista, em R$/kg.

mercado de carne bovina

O preço do boi gordo no mercado físico (indicador Datagro) segue em alta, inclusive voltando a se aproximar de R$320,0 por arroba e acumulando alta de 4,5% frente ao valor que encerrou setembro. Essa alta no mercado físico voltou a refletir em uma maior expectativa de alta também no mercado futuro, com o contrato para vencimento em dezembro de 2025 no maior patamar desde o final da primeira metade de agosto. Clique aqui e saiba mais!

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