A relação de troca de milho por boi gordo alcançou, em julho, o maior valor de 2020.

Com os preços do boi gordo cotados a patamares recorde histórico e o milho acumulando pequena alta até julho, o poder de compra do pecuarista com relação ao grão melhorou. Pois é, na parcial de julho, até o dia 27, a relação de troca de milho foi boi gordo foi d e 4,44 sacas por arroba, o maior valor do ano até o momento (Figura).

A Figura a seguir ilustra a evolução mensal da relação de preço da arroba do boi gordo e do milho, segundo indicador Cepea, entre 2017 e a parcial de 2020.

A relação de troca de milho por boi gordo, de 4,44 sacas por arroba, além do maior valor de 2020, até julho, foi 7,6% maior que o valor observado no mesmo período de 2019 (jul-19, 4,13 sacas por arroba).

Ainda que o custo do insumo para alimentação animal possa indicar um momento favorável para o confinamento, o preço da reposição segue preocupando os recriadores e invernistas. Isso porque apesar do preço recorde do boi gordo, o desafio da pecuária de corte em 2020 recai principalmente para a atividade de recria engorda. Pois é, mesmo com o preço recorde do boi gordo em valores nominais em julho de 2020, a reposição do rebanho tem sido a pior ao longo dos últimos anos (clique aqui), o que tem colocado um forte sinal de alerta para aqueles que se dedicam a recria e engorda.

É importante destacar também que o USDA revisou, em julho, os dados esperados de estoque e produção mundial de milho na safra 2020/21, com perspectiva negativa e, com isso, contribuiu para que o preço do grão no Brasil voltasse a ser cotado a valores próximos de R$50,0 por saca dentro do mês, segundo indicador Cepea. Clique aqui! 

E por falar no comportamento de preços do milho, é importante destacar que o preço futuro do milho para vencimento em setembro de 2020 (CCMU20) voltou a bater recorde em julho. Clique aqui e confira!

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