O preço da carne bovina não tem acompanhado as vendas. O ritmo lento das vendas acompanha a sazonalidade dos meses e, ainda assim, os valores dos cortes mantêm ajustes positivos.
Com a desvalorização da arroba do boi gordo (clique aqui) e a expectativa de queda nos preços em reflexo ao menor consumo de carne bovina no varejo no período, alguns setores encontraram espaço para ajustes positivos.
No atacado de carne com osso, o cenário seguiu o mesmo da semana anterior: recuo para a carcaça casada do boi capão, enquanto as demais seguiram estáveis.
Dessa maneira, a carcaça casada do boi capão caiu 1,9% no período, sendo negociada em R$20,50/kg. Já a do boi inteiro e a da novilha permaneceram em R$19,50/kg, e a da vaca em R$19,00/kg.
No mercado de carne sem osso, a média geral dos cortes apresentou alta de 0,1%, mesma variação observada tanto para os cortes do dianteiro quanto para os do traseiro.
Entre os cortes do traseiro, esse ajuste foi sustentado pela alta de 0,7% no coxão duro. No total, cinco cortes subiram, três caíram e oito ficaram estáveis.
No dianteiro, o destaque foi o cupim, com aumento de 0,9%, enquanto três cortes registraram alta e três apresentaram queda.
No varejo, apenas São Paulo não registrou variação na média dos preços, enquanto os demais estados monitorados tiveram aumento.
Em São Paulo, 10 cortes subiram, 10 caíram e um ficou estável, com destaque para a fraldinha, que avançou 3,4%.
No Paraná e no Rio de Janeiro, a média subiu 0,7%. No Paraná, 12 cortes apresentaram alta, cinco recuaram e quatro permaneceram estáveis, com destaque para o contrafilé, que avançou 3,0%.
Já no Rio de Janeiro, 14 cortes registraram aumento, três tiveram queda e quatro ficaram inalterados, sendo a maior variação a da picanha, com 2,5%.
Em Minas Gerais, a alta foi de 0,4%, puxada pela maminha, que subiu 3,0%. No estado, 10 cortes subiram, três caíram e oito permaneceram estáveis.
A questão que naturalmente surge é: se as vendas seguem lentas, por que o preço da carne bovina não caiu?
Um dos pontos a considerar aqui é que, ao longo das semanas, é comum ocorrer oscilações moderadas, tanto para cima quanto para baixo. Desde o início do ano, a média dos preços dos cortes no varejo seguiram relativamente lateralizados, variando entre R$55,65 e R$57,30/kg. Diante desse cenário, para o curto prazo, a expectativa é de que as vendas continuem em ritmo moroso.

E mudando de assunto, vale destacar que o consumo de carne bovina na China tem crescido muito acima da capacidade de produção do país asiático, o que aumenta a necessidade de importação. Clique aqui e confira os dados de produção e consumo de carne bovina na China entre 2017 e a expectativa para 2025.
Nesse contexto, vale lembrar que a importação de carne bovina brasileira pela China alcançou patamares recordes em 2025 (clique aqui). No acumulado de 2025, até agosto, a compra de carne bovina in natura brasileira pela China foi de 948,23 mil toneladas, alta de 19,6% frente ao mesmo período de 2024 e novo recorde para o período do ano.

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