O preço futuro do boi gordo encerrou a primeira metade de setembro em queda e no menor patamar para o mês de outubro.
O preço do boi gordo no mercado físico voltou a cair no final da primeira metade de setembro, após um período de relativa estabilidade ao longo do mês. O Farmnews inclusive apresentou a dados que mostram a variação acumulada do preço da arroba ao longo de 2025, até a parcial de setembro. Clique aqui.
O fato é que desde agosto o mercado futuro do boi gordo vem sendo pressionado (primeira Figura), com o vencimento para outubro alcançando o menor patamar ao longo de 2025, próximo de R$310,0 por arroba, inclusive abaixo do valor alcançado logo após o anúncio do “tarifaço”, em julho.
A Figura apresenta dados do preço esperado do boi gordo para o vencimento em outubro de 2025 (B3), valor de ajuste, avaliado em Reais por arroba.

O preço futuro do boi gordo para vencimento em outubro de 2025, próximo de R$310,0 por arroba, precifica relativa estabilidade frente ao valor atual da arroba no final de setembro (segunda Figura).
Apesar da exportação renovando recorde, com a expectativa de nova máxima para um mês de setembro, em 2025 (clique aqui) e uma demanda doméstica mais aquecida nos meses finais do ano, a oferta de animais para o abate é boa, também devido a engorda intensiva. As negociações a termo também merecem atenção, além da oferta de animais confinados, o que tem contribuído para manter pressionados os preços da arroba no curto prazo.
A Figura abaixo apresenta dados de preço do boi gordo no mercado físico (Datagro) e dos contratos futuros, segundo B3, entre setembro de 2025 e fevereiro de 2026, em Reais por arroba, no dia 15 de setembro, considerando os valores do ajuste.

Os contratos para vencimento a partir de novembro, embora igualmente pressionados, para baixo, se mantém acima da referência atual no físico (Figura acima), sugerindo que a expectativa de queda esteja mais concentrada em outubro, período em que é esperado uma maior oferta de animais oriundo dos sistemas intensivos de engorda.
Como temos destacado, apesar da recente queda no preço do boi gordo, a tendência é que a oferta de animais para o abate diminua gradativamente com a maior retenção de fêmeas para reprodução, estimulada pela valorização do preço da categoria de reposição.
E por falar em abate de fêmeas, o abate de vacas e novilhas no 1º semestre de 2025 foi o maior para o período do ano, alcançando 10,16 milhões de cabeças e uma taxa de abate de vacas e novilhas que alcançou 49,8%, o maior já registrado! Clique aqui e saiba mais!
Nesse contexto de aumento do ritmo de abate de fêmeas, temos destacado a expectativa de valorização da categoria de reposição. Aliás, o preço da arroba do bezerro segue subindo em setembro, voltando a se aproximar da máxima em 2025, mas movimento do boi gordo no curto prazo merece atenção (clique aqui). O Farmnews inclusive tem apresentado dados que fundamentam a expectativa de valorização do bezerro e a consequente redução do abate de fêmeas. Clique aqui e saiba mais.
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