O preço futuro do boi gordo oscilou, mas encerrou julho (9) em leve alta, apesar da divulgação da tarifa dos EUA às exportações brasileiras para o país.

O mercado futuro do boi gordo que vinha pressionado nos últimos dias, com exceção do contrato para dezembro (clique aqui), voltou a subir, ainda que discretamente, apesar da divulgação da tarifa de 50,0% para os produtos brasileiros importados pelos EUA.

Apenas os contratos com vencimento em julho e dezembro apresentaram leve queda, enquanto os demais vencimentos subiram, embora a valorização tenha sido modesta, com o vencimento para outubro ainda abaixo de R$330,0 por arroba (primeira Figura). Aliás, pelo quarto pregão consecutivo o vencimento para outubro se mantém abaixo desse patamar.

Com relação aos possíveis impactos no agronegócio devido a polêmica tarifa dos EUA ao Brasil, o Farmnews destacou a importância do país norte-americano para o setor como um todo e em especial para o mercado de carne bovina (clique aqui). Vale lembrar que atualmente os EUA é o segundo principal país importador de carne bovina do Brasil, atrás apenas da China (clique aqui).

A Figura abaixo apresenta dados de preço do boi gordo no mercado físico (Datagro) e dos contratos futuros, segundo B3, entre julho de 2025 e fevereiro de 2026, em Reais por arroba, no dia 9 de julho, considerando os valores do ajuste.

O mercado futuro do boi gordo mantém os contratos com vencimento em novembro e dezembro em destaque, mais descolado, para cima, de outubro.

O mercado segue precificando uma maior valorização do preço do boi gordo nos meses finais do ano, como tradicionalmente ocorre, mantendo os preços dos contratos mais firmes. Isso porque no curto prazo o mercado físico segue mais pressionado nessa primeira metade de julho (segunda Figura).

A Figura apresenta a evolução diária do preço nominal do boi gordo (Cepea), em Reais por arroba, ao longo de 2024 e a parcial de 2025.

O fato é que na parcial de julho, até o dia 9, em relação ao valor que encerrou junho, o preço do boi gordo (Cepea) caiu 3,9%, voltando inclusive a se aproximar da mínima do ano, quando em maio foi cotado pouco acima de R$300,0 por arroba.

No entanto, como temos destacado, a expectativa é que esse movimento de queda seja pontual, tanto devido aos efeitos negativos do clima quanto do período de maior oferta de animais confinados.

É importante destacar também o comportamento do preço corrigido do bezerro na primeira metade de cada ano (clique aqui), o que mostra a tendência de recuperação e o potencial de valorização ainda expressivo, especialmente quando analisamos os dados históricos e o ritmo de abate de fêmeas em patamares nunca antes observados (clique aqui)

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