O preço futuro do boi gordo interrompe uma sequência negativa de 6 pregões consecutivos em novembro (21), com o fim da tarifa adicional para a carne bovina brasileira exportada para os EUA.
O mercado futuro do boi gordo acumulou forte perda ao longo da parcial de novembro, inclusive renovando a mínima para dezembro, abaixo de R$315,0 por arroba e precificando queda de cerca de R$5,0 em relação a referência no físico. Clique aqui e saiba mais.
Contudo, o mercado futuro do boi gordo voltou a subir com o anúncio do fim da tarifa adicional de 40,0% para a importação de carne bovina do Brasil para os EUA que segue praticado desde agosto.
No período da manhã o preço esperado para dezembro de 2025 voltou a ficar acima de R$320,0 por arroba, acumulando alta em torno de R$6,0. A alta, caso permaneça nesses patamares, será suficiente para precificar relativa estabilidade para o preço do boi gordo para o último mês do ano, uma vez que a referência no físico segue cotada em torno de R$320,0 por arroba.
Aliás, o mercado futuro do boi gordo voltou a ficar mais procurado, especialmente para o contrato com vencimento em dezembro de 2025. Clique aqui e confira!
Vale lembrar também que os EUA, em 2025, seguem como o segundo maior país importador de carne bovina brasileira, atrás apenas da China.
E é importante lembrar que apesar do ritmo de compra abaixo do observado antes do tarifaço, a importação de carne bovina brasileira pelos EUA já vinha acumulando recuperação. Mas, claro, agora deve apresentar forte recuperação.
Em outubro de 2025, a venda de carne bovina in natura do Brasil, somou 10,8 mil toneladas métricas, valor 37,9% acima do praticado no mês anterior (7,9 mil toneladas), mas por outro lado, muito abaixo do que foi observado no mesmo período de 2024 (24,3 mil toneladas), como mostram os dados da primeira Figura abaixo.
A Figura apresenta os dados de exportação mensal de carne bovina in natura do Brasil para os EUA, em mil toneladas, nos meses de outubro, entre 2015 e 2025, segundo dados da COMEX.

Por outro lado, no acumulado até outubro, importação de carne bovina brasileira pelos EUA foi de 194,3 mil toneladas métricas, valor muito acima do observado no mesmo período dos anteriores (segunda Figura).
A Figura apresenta os dados de exportação de carne bovina in natura do Brasil para os EUA, em mil toneladas, no acumulado de janeiro a outubro, entre 2015 e 2025, segundo dados da COMEX.

Vale lembrar que a venda de carne bovina do Brasil para o mercado internacional renovou a máxima histórica em outubro de 2025, com embarque acima de 300,0 mil toneladas métricas de produto in natura. No acumulado do ano, até outubro, a exportação de carne bovina brasileira somou US$13,14 bilhões, alta de 37,7% quando comparado ao total de 2024, até outubro. Os embarques entre janeiro e outubro de 2025 alcançaram quase 2,5 milhões de toneladas métricas, valor 15,6% acima do observado até outubro de 2024. Clique aqui e confira os dados!
Veja também que o preço do bezerro renovou a máxima de 2025 em novembro e deve seguir em alta (clique aqui), o que coloca um sinal de alerta importante na relação de troca. O poder de compra do pecuarista no momento de repor o rebanho é uma das preocupações (clique aqui).
No entanto, com o abate recorde de fêmeas ao longo dos últimos anos (clique aqui) e a consequente menor oferta de bezerros e uma demanda crescente por carne bovina, especialmente internacional (clique aqui), o preço do boi gordo deve seguir pressionado, para cima, ainda mais com a expectativa de redução na oferta de fêmeas para o abate. É o ciclo pecuário de longo prazo em sua fase de alta.
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