Preço futuro do milho: existe espaço para mais queda em 2024?
O preço futuro do milho para março de 2024 segue próximo das mínimas e praticamente sem ágio frente ao físico.
O preço esperado do milho para março de 2024 foi cotado a R$65,6 por saca em fevereiro (5), acumulando queda de 12,6% na parcial do ano e novamente ao redor das mínimas para o vencimento (primeira Figura).
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A Figura a seguir ilustra a evolução diária do preço esperado do milho para vencimento em março de 2024 (CCMH24), avaliado em Reais por saca.
O preço futuro do milho para março de 2024 caiu 12,6% entre o fim de 2023 e a parcial de fevereiro de 2024 (5), ainda oscilando próximo da mínima para o vencimento (mai-23).
No mercado físico (Cepea), o milho acumulou queda de 9,4% na parcial de 2024, até fevereiro (5), cotado a R$62,7 por saca. Os contratos futuros com vencimento entre março e novembro de 2024 revelam uma perspectiva de leve alta frente ao valor atual da saca (segunda Figura), embora esse ágio já tenha sido muito maior, com o mercado futuro do milho precificado acima de R$70,0 por saca.
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A Figura abaixo apresenta dados do preço do milho (Cepea) e dos contratos futuros, em Reais por saca, no dia 5 de fevereiro.
A produção mundial de milho foi estimada, em janeiro de 2024, pelo USDA, em 1,23 bilhão de toneladas, valor 6,9% acima do observado na safra anterior (2022/23) de 1,15 bilhão de toneladas. Por outro lado, enquanto a produção deve subir 6,9%, a estimativa é que o consumo mundial aumente 3,9%, somando 1,21 bilhão de toneladas na safra 2023/24. Com isso, o estoque final de milho no mundo deve voltar a crescer, para 325,2 milhões de toneladas, o maior valor desde 2017/18. Clique aqui e confira os dados de produção e consumo mundial de milho em pouco mais de uma década!
O fato é que embora o preço do milho esteja sem muita força, no momento, para subir, também parece respeitar essa mínima que oscila entre R$63,0 e R$65,0 por saca. Isso porque apesar da expectativa de um aumento do estoque mundial, os dados do USDA podem mudar a partir dos efeitos negativos no clima, especialmente na América Latina.
A produção argentina foi estimada em 55,0 milhões de toneladas para 2023/24 em janeiro de 2024, valor mais de 20,0 milhões de toneladas acima do observada na safra anterior (34,0 milhões de toneladas). No Brasil o USDA estima, para 2023/24, uma produção 10,0 milhões de toneladas abaixo da safra anterior (137,0 milhões de toneladas). Contudo, esses dados ainda podem sofrer revisão, para baixo, o que limita o potencial de queda no grão, ainda que a demanda mundial esteja prevista para um crescimento mais modesto ao longo do ano.
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