A produção mundial de carne bovina deve cair em 2026, após alcançar patamar recorde em 2025, com destaque ao Brasil.
O USDA revisou, em dezembro de 2025, os dados esperados da produção mundial de carne bovina para 2025 e 2026 e entre os principais produtores mundiais (primeira Tabela).
Além da esperada produção recorde em 2025, de 61,95 milhões de toneladas em equivalente carcaça, a produção do Brasil deve superar a dos EUA, até então o maior produtor mundial de carne bovina. Isso porque a expectativa é que a produção de carne bovina brasileira alcance 12,35 milhões de toneladas em equivalente carcaça em 2025, valor acima do esperado para os EUA (11,81 milhões de toneladas).
A Tabela apresenta os dados de produção mundial de carne bovina e por país, em milhões de toneladas em equivalente carcaça, entre 2020 e a expectativa para 2025 e 2026, segundo dados do USDA de dezembro de 2025.

A produção mundial de carne bovina deve cair em 2026, impulsionada pela expectativa de redução da oferta de animais para o abate, especialmente no Brasil, com a maior queda na produção entre os principais produtores mundiais.
Após o recorde esperado em 2025, a produção mundial deve cair sensivelmente, para 61,03 milhões de toneladas em equivalente carcaça ou cerca de 0,90 milhão de toneladas. A expectativa de queda na produção do Brasil é o principal fator que contribui para essa redução na oferta mundial de carne bovina.
No Brasil, a previsão do USDA é que a produção em 2026 caiu 5,26% frente a 2025 e alcance 11,71 milhões e toneladas em equivalente carcaça e fique muito próximo da produção nos EUA que também foi revisada para baixo em 2026, embora com expectativa de queda menor, de 0,86%. Aliás, entre os principais países produtores de carne bovina, apenas a Índia deve aumentar a produção.
E por falar na oferta de animais para o abate recorde do Brasil em 2025, clique aqui e confira os dados que mostram o abate total e por categoria no acumulado entre janeiro e setembro de cada ano, entre 2010 e 2025.
Como temos destacado no Farmnews, em 2026 a expectativa é de redução na oferta de animais para o abate e, por consequência, a produção de carne bovina. Isso é esperado também pela redução na oferta de fêmeas para o abate. E por falar no assunto, o abate de vacas e novilhas no 3º trimestre de 2025 alcançou o maior patamar para o período do ano.
O abate oficial de bovinos no Brasil foi recorde no 3º trimestre de 2025 (clique aqui), impulsionado também pelos patamares históricos do abate de fêmeas no País. Vale destacar que além do recorde para o período do ano, o abate de fêmeas acumulou o quarto ano consecutivo de alta no 3º trimestre. Clique aqui e confira os dados!
Nesse contexto de aumento do ritmo de abate de fêmeas, temos destacado a expectativa de valorização da categoria de reposição. Aliás, o preço da arroba do bezerro segue subindo em 2025, aproximando inclusive da máxima nominal histórica de abril de 2021 (clique aqui).
A menor oferta de fêmeas para o abate deve pressionar, para cima, o preço do boi gordo ao longo de 2026. O mercado futuro do boi gordo, embora em queda em dezembro, precifica alta para os contratos com vencimento ao longo do próximo ano, em especial a partir do segundo semestre (clique aqui).
O Farmnews atualizou os dados do preço do boi gordo, bezerro, milho e soja nos meses de dezembro, entre 2018 e a parcial de 2025, tanto em moeda americana (clique aqui) como em moeda nacional (clique aqui).
E mudando de assunto, você sabia que o Paraguai deixou de ser apenas um produtor de commodities para se tornar um potencial Hub de Inovação para a América do Sul? Quando olhamos para o mapa da inovação agrícola na América Latina, os olhos do mundo costumam se voltar imediatamente para o Brasil, dada a sua escala continental. No entanto, estrategistas mais atentos e empresas de tecnologia ágil começaram a notar um movimento diferente. Existe um gigante silencioso, não em tamanho, mas em velocidade e eficiência, emergindo no coração do continente: o Paraguai. Clique aqui e saiba mais!
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