Rebanho argentino cai sensivelmente com a seca no país!
A expectativa é que o rebanho argentino deva cair cerca de 1 milhão de cabeças em 2019, devido aos efeitos da seca no país.
Os pecuaristas da Argentina tem enfrentado a pior seca em décadas, forçando o abate de fêmeas e, claro, com a consequente queda no rebanho argentino nos próximos anos.
E não é apenas no rebanho argentino que os efeitos da seca no país estão sendo observados (clique aqui). A onda de clima quente e seco desde observada desde o ano passado cortou em 40% a produção total de grãos do terceiro maior exportador de milho e soja do mundo e derrubará cerca de 0,7% do PIB argentino em 2018.
O fato é que o aumento do abate de vacas será sentido de longo prazo no rebanho argentino, em especial em uma fase de aumento da demanda externa por carne bovina.
Ignacio Iriarte, analista do mercado de grãos argentino, disse que o rebanho de 53,5 milhões de cabeças da Argentina deve cair entre 500 mil e 1 milhão de cabeças.
De acordo com a câmara da indústria de carne bovina local (Ciccra), 44,5% dos animais abatidos em março de 2018 foram fêmeas, valor 3% maior do que no mesmo período do ano anterior.
“Isso ameaça a oferta futura”, disse Miguel Schiaritti, presidente da Ciccra. Ele disse que o rebanho argentino vinha crescendo acentuadamente nos últimos 2 anos e, agora, provavelmente se manterá estável em 2018 e diminuirá em 2019.
As pastagens foram esgotadas em uma das principais áreas produtoras de gado na Argentina, em Chacabuco, no norte da província de Buenos Aires, de acordo com Guillermo Voisin, presidente da sociedade rural da região. “O que está por vir é muito desafiador … mas antes que as vacas fiquem muito magras é melhor vendê-las”, disse Voisin.
E por falar em rebanho argentino, clique aqui e confira alguns dados da pecuária de corte do país!
Adaptado de Reuters
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