Importância da suplementação alimentar continuada em bovinos
O Repronutri vai discutir a importância da suplementação alimentar continuada em bovinos. Saiba um pouco mais do assunto antes do evento!
As condições da fazenda, as pastagens disponíveis e os objetivos da produção pecuária são fatores que devem orientar a opção por suplementar ou não a nutrição bovina, diz o pesquisador Luís Ítavo, da Universidade Federal de MS.
O pesquisador é um dos palestrantes do 3º Simpósio Repronutri – Reprodução, Produção e Nutrição de Bovinos(clique aqui e saiba mais), e irá conversar com os participantes sobre o uso da suplementação para o aumento da produtividade do gado de corte e leite.
Segundo Ítavo, a suplementação alimentar animal é oferecida apenas durante os períodos de seca e escassez de pasto em muitas fazendas.
O ideal, porém, seria que a suplementação alimentar fosse disponibilizada o ano todo (ou durante o maior período possível).
“É um ajuste do sistema de produção. A suplementação vem como uma ferramenta para ajudar a atingir alguns objetivos produtivos, que precisam ser bem definidos. É um investimento que o produtor faz para manter o desempenho constante do rebanho”, afirma o pesquisador.
Inclusive o Farmnews já abordou um aspecto importante relacionado ao tema: Qual o retorno econômico da suplementação alimentar? (clique aqui e saiba mais).
A suplementação bovina pode ser utilizada para que os machos atinjam a idade de abate aos 24 meses, chegando a aproximadamente 480 kg – cerca de 17 arrobas – nesse período, reduzindo em até um ano o tempo levado para o abate (em comparação com animais não suplementados, diz Ítavo).
É possível usá-la também para aumentar a precocidade das fêmeas, permitindo que elas cheguem ao peso e tamanho corporal adequados para a reprodução (o que, de acordo com o pesquisador, ficaria em torno de 350 kg ou 12 arrobas) aos dois anos de idade. “Se, ao final da estação de monta, a vaca estiver vazia, a estratégia é mandá-la para o abate, já que o animal vai ter a condição corporal adequada”.
Ítavo ressalta que é preciso estudar a produção como um todo para se definir se o objetivo é promover o ganho de peso dos animais ou aumentar sua precocidade. Depois, é necessário avaliar as alternativas para atingi-los, que envolvem não só a suplementação, mas técnicas como o manejo dos animais, disponibilidade de alimento e lotação nas pastagens.
Caso a suplementação seja uma opção adequada, o pesquisador sugere o uso de um suplemento proteico energético mineral (como a mistura entre o milho, farelo de soja, amireia e um núcleo mineral) para corrigir o que falta no pasto para os rebanhos e garantir um lote uniforme, bem-acabado.
“Hoje, uma prática comum é o uso de sal com ureia na suplementação, mas o sucesso disso depende muito da quantidade e da qualidade do pasto”, afirma.
Entretanto, a quantidade e o tipo de suplementação devem variar de acordo com a disponibilidade alimentar em cada época do ano, diz Ítavo. Os suplementos a serem oferecidos no inverno, por exemplo, levam menos fontes proteicas e mais milho na composição.
Para escolher as melhores alternativas, é preciso realizar um diagnóstico da propriedade e planejar a execução das ações. “Todo investimento em suplementação deve voltar em forma de arrobas. A escolha do que usar depende do preço do insumo e do desempenho que o animal vai ter com ele. Mais que o preço da arroba, importa o quanto eu gasto e o quanto o animal vai ganhar com aquele investimento”, diz o pesquisador.
Aliás, você conhece quais os tipos de suplementação para bovinos? Clique aqui e conheça alguns!
Adaptado de Nicoli Dichoff, da Embrapa
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