Mercado

Venda de carne bovina no varejo: expectativa para a segunda metade de maio

O Farmnews Indica

A venda de carne bovina no varejo foi abaixo do esperado no feriado de Dia das Mães e para a segunda metade do mês, a expectativa é de um mercado ainda pressionado.

Mercado frio após o Dia das Mães. Apesar da expectativa de melhora nas vendas para reposição de mercadorias no varejo, o cenário não se confirmou, com vendas travadas no setor.

Na comparação semanal, com o Dia das Mães somado ao recebimento do salário no quinto dia útil do mês, a expectativa era de que as vendas no atacado estivessem aquecidas, impulsionadas pela reposição de mercadorias pelo varejo. No entanto, esse cenário não se confirmou.

Tanto no atacado de carne com osso quanto sem osso, a venda de carne bovina começou razoável, mas ao longo da semana, o mercado perdeu mais força. O desempenho fraco, aliado ao excesso de estoque, acabou pressionando os preços para baixo.

O que se observou foi que as vendas no varejo se concentraram em cortes nobres, como filé mignon, contrafilé e picanha, mas, ainda assim, o volume comercializado não foi suficiente para impulsionar o mercado.

No setor do atacado paulista de carne com osso, os preços da carcaça casada de boi capão, boi inteiro e vaca recuaram 0,5%, enquanto o da novilha caiu 1,0%. Com isso, a cotação da carcaça do boi capão e do boi inteiro caiu R$0,10/kg, sendo negociadas em R$21,90/kg e R$20,25/kg, respectivamente. A carcaça da vaca também teve redução de R$0,10/kg, cotada em R$19,40/kg, e a da novilha apresentou queda de R$0,20/kg, sendo vendida a R$20,15/kg.

Para as carnes sem osso, os preços médios caíram 0,6%, com desvalorizações em grande parte dos cortes. Os cortes do traseiro recuaram, em média, 0,8% na semana. Já os do dianteiro tiveram sustentação por conta de reajustes positivos em cortes como o cupim (1,2%), paleta sem músculo (0,6%), acém e peito (0,1% cada). Por outro lado, o lombinho caiu 1,8% e o peito sem músculo teve queda de 0,1%, resultando em um aumento de 0,1% na média dos preços da categoria.

No varejo, em São Paulo, os preços apresentaram leve aumento na média, de 0,2%, puxada por cortes como contrafilé (1,9%), maminha (0,8%) e picanha (0,7%). Apesar disso, alguns cortes mantiveram os preços estáveis ou apresentaram queda. Em Minas Gerais, houve aumento médio de 0,3%, impulsionado principalmente pela maminha e fraldinha, com altas de 4,9% e 3,1%, respectivamente. Os demais cortes apresentaram comportamento misto: sete dos 21 subiram, oito ficaram estáveis e seis registraram queda.

No Paraná, os preços caíram 0,5%. Mesmo com a alta de 3,6% no preço do músculo, oito cortes tiveram queda — como a fraldinha (-2,9%) e o contrafilé (-2,8%) — e nove ficaram estáveis. No Rio de Janeiro, a variação foi negativa em 0,1%, com distribuição equilibrada entre os cortes: cerca de 1/3 apresentou queda, 1/3 permaneceu estável e 1/3 teve alta. Entre as principais quedas estiveram a maminha (-3,4%) e a picanha (-2,4%), enquanto o filé mignon teve alta de 2,6%. Para o curto prazo, a expectativa é de que o mercado opere de forma retraída com o avanço da segunda quinzena do mês, e os preços devem variar entre estabilidade e queda.

O Farmnews também destacou as possíveis consequências da gripe aviária no mercado de carne bovina tanto no curto como no longo prazo. Clique aqui e confira!

Tabela. Preços médios dos cortes sem osso no mercado atacadista de São Paulo, em R$/kg.

venda de carne bovina

O efeito imediato do caso de gripe aviária no País foi o da suspensão da importação de carne de frango do Brasil por alguns dos países importadores, como a China, nosso principal país comprador (clique aqui). Vale lembrar que nos primeiros quatro meses de 2025 o embarque de carne de frango do Brasil foi recorde para o período do ano, somando 1,73 milhões de toneladas.

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