Mercado de carne bovina: vendas ganham fôlego e agora é pra valer?

O mercado de carne bovina subiu e a expectativa segue positiva com o fim da Quaresma se aproximando!
Com o repasse da arroba do boi gordo, os preços da carne registraram ajustes positivos e tendem a seguir em alta com o fim da Quaresma se aproximando.
Durante a semana, no mercado atacadista de carne com osso, apesar das vendas não terem sido consideradas satisfatórias, o baixo volume de carne disponível em estoque impulsionou os preços.
A cotação da carcaça casada de boi capão, registrou alta de 1,9%, negociada em R$21,75/kg. Já a do boi inteiro subiu 3,8%, cotada em R$20,60/kg. Para a carcaça casada das fêmeas, a carcaça casada da vaca subiu 2,6%, cotada em R$19,75/kg, enquanto a da novilha registrou valorização expressiva de 8,7%, sendo comercializada em R$21,75/kg.
No segmento da carne sem osso, os preços também reagiram, refletindo o repasse da alta na arroba do boi gordo.
Em São Paulo, o preço médio dos cortes desossados no atacado aumentou 1,3%. Os cortes do dianteiro subiram 1,2%, com destaque para a paleta com músculo (2,8%) e o peito (2,2%). Nos cortes do traseiro, apesar de pequenas quedas na alcatra completa e na capa de filé (ambas com recuo de 0,3%), os demais cortes apresentaram valorização, resultando em uma alta no preço médio de 1,7%.
No varejo, os preços também subiram em São Paulo, com reajuste de 0,2%. A fraldinha se destacou com aumento de 4,4%. Em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, a tendência de alta se manteve, com elevações de 0,5% e 0,1%, respectivamente. Em MG, a picanha liderou os reajustes (2,1%) e, no RJ, os destaques foram o acém (2,3%) e o miolo de alcatra (2,1%).
No sentido oposto, o Paraná registrou leve recuo de 0,1% no preço médio. Apenas quatro dos 21 cortes analisados apresentaram alta: coxão duro e paleta (ambos com 1,2%), acém (0,3%) e contrafilé (0,1%).
Apesar do avanço da segunda quinzena do mês, período que sazonalmente registra menor consumo, no curto prazo, o mercado de carne bovina pode ganhar fôlego.
A firmeza das cotações do boi gordo e a proximidade do fim da Quaresma tendem a estimular a demanda, contribuindo para a manutenção do aumento dos preços.

E por falar em consumo, o USDA revisou, em abril, a demanda mundial de carne bovina, prevendo alta frente a revisão anterior, de outubro de 2024. Aliás, o crescimento da demanda deve ser maior que o crescimento da oferta. Clique aqui e confira os dados!
A exportação de carne bovina do Brasil mostrou recuperação ao longo da segunda semana de abril, passando a acumular alta na média diária de embarque frente a 2024. Clique aqui e confira os dados! E por falar em vendas internacionais, a exportação mundial de carne bovina deve seguir subindo em 2025, alcançando inclusive o maior patamar histórico, acima de 13,0 milhões de toneladas em equivalente carcaça, segundo revisão de abril. Clique aqui e saiba mais!
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